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Insuficiência cardíaca e COVID-19: associação do estado nutricional com a mortalidade

Milena Gomes Vancini, Luciene de Oliveira, Camila Takao Lopes, Juliana de Lima Lopes, Vinicius Batista Santos
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: Pacientes com Insuficiência Cardíaca (IC) podem apresentar um pior prognóstico e desfechos clínicos negativos quando acometidos por doenças agudas, como o COVID-19 e o perfil nutricional desses pacientes parece influenciar nesses desfechos. Objetivo: Avaliar a associação entre o perfil nutricional e sua associação com a mortalidade de pacientes com IC admitidos por COVID-19 em unidades de terapia intensiva. Método: Estudo de coorte retrospectivo realizado no prontuário de pacientes hospitalizados com diagnóstico prévio de IC e COVID-19 em estado crítico no período entre março de 2020 a agosto de 2021. Foram considerados desfechos para este estudo a mortalidade associado ao perfil nutricional e como variáveis independentes o perfil sociodemográfico, estado clínico e laboratorial na admissão e no desfecho os dados laboratoriais de admissão até a alta da unidade de terapia intensiva (UTI)/óbito. Foram realizados testes estatísticos uni e bivariados para avaliação de associação com o perfil nutricional com o desfecho de mortalidade e uma regressão logística para avaliação do desfecho e o Excesso de peso foi realizado, considerando um valor p<0,05 como significativo. Estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa sob o número 4.949.168. Resultados: Foram hospitalizados 1946 pacientes, dos quais 1170 tinham diagnóstico de COVID-19 ou IC, sendo incluídos 43 pacientes. No que tange ao desfecho mortalidade 58,13% evoluíram ao óbito durante a internação, sendo que o IMC dos pacientes com desfecho de óbito foi menor do que os pacientes que tiveram alta (p=0,04), o escore de risco nutricional foi maior nos pacientes que evoluíram a óbito (p=0,01) e 100% dos pacientes com desfecho de óbito estavam em risco nutricional, comparado com 61,11% dos pacientes que tiveram desfecho de alta (p=0,001). Na análise da regressão logística foi identificado que ser classificado com excesso de peso reduziu em 1,4 vezes (p. 0,04) a chance de óbito nessa população quando comparado aos pacientes eutróficos. Conclusão: O estado nutricional parece ser protetor e reduzir o risco de mortalidade na amostra avaliada. Um diagnóstico nutricional feito de maneira precoce e uma avaliação que inclua aspectos clínicos, metabólicos e alimentares permite que intervenções nutricionais sejam realizadas com intuito de minimizar o risco de piores desfechos durante hospitalizações longas como no caso de descompensações agudas e/ou associadas a infecções virais.

Palavras-chaves: insuficiência cardíaca, COVID-19, desnutrição, terapia nutricional.

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