SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Choque cardiogênico secundário a acidente escorpiônico

BONINI, C. B. , NOMURA, A. A. U., PICHIONI, M. M. , VOLPI JUNIOR, L. C., LIMA, A. F., MELO, L. R., MARCO, P. S.
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: Acidentes escorpiônicos constituem um significativo problema de saúde e podem se manifestar com quadros clínicos graves e ameaçadores à vida.Objetivo: Relatar o atendimento prestado a um paciente com choque cardiogênico secundário a acidente escorpiônico.Metodologia: Trata-se de um relato de caso. Os dados foram obtidos por meio de prontuário eletrônico e entrevista com o paciente.Caso Clínico: Paciente, 64 anos, sem comorbidades, admitida devido picada de escorpião em segundo pododáctilo direito ocorrida há cerca de 30 minutos. Apresentava sinais vitais estáveis e queixava-se apenas de dor local. Realizado bloqueio anestésico e mantida em observação. Após cerca de uma hora a paciente apresentou sudorese profusa e vômitos incoercíveis sendo realizado 6 ampolas de soro anti escorpiônico. Evoluiu com hipotensão, rebaixamento do nível de consciência e dessaturação. Iniciado noradrenalina e realizada intubação orotraqueal. Ultrassonografia à beira leito evidenciava hipocinesia ventricular difusa. Assim, iniciado Dobutamina devido hipótese de Choque Cardiogênico. Evoluiu com episódio de taquicardia ventricular com pulso sendo submetida a cardioversão elétrica sincronizada, iniciado impregnação com  Amiodarona e transferida a Unidade de Terapia Intensiva. Exames evidenciaram Troponina T de 2.250, BNP de 13.682, Sv02 de 58, gradiente venoarterial de CO2 de 10 e eletrocardiograma com taquicardia sinusal e supradesnivelamento  de ST em parede infero-lateral. Discussão:Os acidentes escorpiônicos são classificados em leves se dor local;  moderados se manifestações sistêmicas e graves se ocorrência de vômitos profusos, sudorese e sialorréia intensas, convulsão, coma, insuficiência cardíaca, edema pulmonar grave e choque. Os casos moderados e graves são mais prevalentes em crianças e devem ser tratados com soroterapia. Outros preditores de gravidade são a espécie e tamanho do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a massa corporal do paciente e sua sensibilidade ao veneno. A paciente era uma adulta hígida, dessa forma, esperava-se a ocorrência de manifestações clínicas leves, no entanto, a mesma evoluiu com sintomatologia grave e acometimento cardíaco. Conclusão: Trata-se de caso relevante, pois o acidente escorpiônico manifestou-se com comprometimento cardíaco grave, logo, uma apresentação atípica para faixa etária adulta, visto que, desfechos graves são relatados com maior frequência em crianças. Portanto, outros fatores preditores de gravidade merecem ser estudados, pois podem ter contribuído para evolução clínica desfavorável da paciente. 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024