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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICOS DE MORTALIDADE INFANTIL POR CARDIOMIOPATIA NO BRASIL DE 2012 A 2022

SAULO FERREIRA RODRIGUES, MARCELA PALHETA DE FREITAS, YANAKÃ LOPES ROCHA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PARÁ - BRASIL

Introdução: As cardiomiopatias são reconhecidas como alterações estruturais/funcionais do sistema cardiovascular, sendo a mais comum a cardiomiopatia dilatada, podendo estar ou não associada a fatores ambientais. Representam importantes causas de óbitos e internações em crianças por motivos cardiovasculares. O presente estudo busca investigar o perfil epidemiológico de óbitos infantis por cardiomiopatia no Brasil, entendendo que é essencial para melhor compreensão e tomada de decisão pelo sistema de saúde. Métodos: O estudo trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva, transversal e retrospectiva. Os dados foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no segmento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), no período de 2012 a 2022, referente aos casos de óbitos infantil para cardiomiopatia (CID-10 I42) por região brasileira, faixa etária, sexo, cor/raça, tempo de gestação, peso ao nascer, tipo de parto e idade materna. Foi elaborada uma análise estatística simples e relativa de frequência. Resultados: Durante o período analisado, foram contabilizados 1117 óbitos por cardiomiopatia infantil, com predomínio na região sudeste, responsável por 473 casos (42,3%). Desse total, 959 (85,8%) tinham entre 28 e 364 dias de vida. No que se refere ao sexo, teve pequeno predomínio no masculino, 566 óbitos (50,6%). Quanto à cor/raça, a ocorrência foi maior em brancos, com 526 (47%), seguido pela cor parda com 464 episódios (41%). Sobre o tempo de gestação, a maioria nasceu a termo, 37 a 41 semanas, 490 (43,8%), seguido por nascimento pré-termo com 160 (14,3%), sendo que 375 casos (33,5%) do total foram ignorados. A respeito do peso ao nascer, 549 (49,1%) tinham peso normal, 2500g a 3999g, seguido por baixo peso ao nascer, 1500g a 2499g, 167 (14,9%). Acerca do tipo de parto, 483 (43,1%) foram cesariana. Com relação a idade materna, 219 (19,6%) tinham entre 20 a 24 anos e 185 (16,5%) tinham entre 25 a 29 anos, com uma baixa ocorrência após 40 anos de idade (4,7%). Conclusão: Diante disso, os dados obitidos mostram uma maior mortalidade por cardiomiopatia infantil na região sudeste, faixa etária de 28 a 364 dias de vida, sexo masculino, raça branca, com nascimento a termo, parto cesariano, peso ao nascer normal e idade materna entre 20 a 24 anos.

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