Introdução: As intervenções psicológicas em grupo mostram-se relevantes no contexto hospitalar uma vez que o homem é um ser social e o sofrimento psíquico está comumente relacionado ao adoecimento orgânico. Objetivos: Analisar as produções científicas sobre intervenções psicológicas em grupo realizadas com pacientes e familiares/acompanhantes no contexto hospitalar, a fim de verificar as características dessas intervenções; identificar os critérios utilizados para a formação de grupos; e compreender quais as contribuições das práticas grupais para os participantes. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura. Para a seleção dos estudos, foram utilizadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e PubMed, resultando em 23 artigos publicados entre 2018 e 2023. Resultados: Como características das intervenções psicológicas grupais no contexto hospitalar, verificou-se a prevalência da abordagem cognitivo-comportamental e de grupos com finalidade terapêutica. Em relação aos critérios de formação dos grupos, destacaram-se a homogeneidade por diagnóstico, assim como grupos fechados e compostos somente por pacientes. Por fim, observou-se contribuições significativas para os participantes do grupo, principalmente em relação à melhora de sintomas de ansiedade e depressão, da qualidade de vida, de sintomas físicos e do enfrentamento da doença. Conclusão: Concluiu-se que existem dinâmicas e processos próprios na formação grupal no contexto hospitalar com base nas características individuais, coletivas e institucionais, e identificou-se uma tendência de inovação e adaptação das intervenções psicológicas no trabalho com grupos, o que torna necessária a realização de novos estudos que avaliem a eficácia dessas práticas, além de maior detalhamento do processo grupal.
Palavras-chave: Psicologia. Hospital. Psicoterapia de grupo.
