As diretrizes atuais recomendam a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) em vez da intervenção coronariana percutânea (ICP) em pacientes com diabetes mellitus (DM) e doença arterial coronariana multiarterial. Poucos dados estão disponíveis descrevendo padrões de revascularização entre esses pacientes no contexto de infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST (IAM SST). Através do uso de dados de uma grande rede multinacional de registros eletrônicos de saúde (TriNetX), nós comparamos ICP versus CRM em pacientes com DM e IAM SST que realizaram angiografia, demonstrando doença arterial coronariana multiarterial. Curvas de Kaplan-Meier e taxas de risco foram calculadas. Um total de 14.251 pacientes de 77 hospitais foram incluídos no estudo, dos quais 2.297 (16%) foram tratados com CRM e 11.954 (84%) foram tratados com ICP. Após balanceamento dos grupos com o uso de escore de propensão, foram comparados 2.305 pacientes em cada grupo. A probabilidade de morte por todas as causas ou IAM ao longo de 5 anos de seguimento foi significativamente maior no grupo ICP do que no grupo CRM [54.6% vs. 35.9%, risco relativo 1,522, intervalo de confiança (IC) de 95%, 1,425-1,626, p <0.0001]. Conclusões: Neste estudo do mundo real com pacientes com DM e DAC multiarterial que apresentam IAM SST, a probabilidade de morte por todas as causas ou IAM em 5 anos foi significativamente maior em pacientes submetidos à ICP do que naqueles submetidos à CRM.