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Mapa Genoma Brasil: Registro Nacional Multicêntrico de Genótipos e Fenótipos em Cardiopatias Genéticas

Fernando R Giugni, Lucas Pires, Bianca Linnenkamp, Bruno Stephan, Natália Olivetti, Layara Lipari, Marjorie Mizuta, Emanuelle Marques, José Eduardo Krieger, Mapa Genoma Brasil Investigators
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

 

Introdução: As cardiopatias genéticas são um grupo heterogêneo de doenças com herança mendeliana, nas quais os testes genéticos podem contribuir para a confirmação diagnóstica, prognóstico, planejamento terapêutico e, principalmente, rastreamento familiar. Com objetivo de descrever o genótipo e estabelecer a correlação genótipo-fenótipo em pacientes com cardiopatias genéticas na população brasileira, foi implementado um registro nacional multicêntrico.

 

Métodos: Foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de cardiomiopatias, dislipidemias, arritmias genéticas, aortopatias e cardiopatias congênitas. Foi realizada avaliação clínica, aconselhamento genético pré e pós-teste, e sequenciamento de exoma ou genoma completo para identificação variantes genéticas raras associadas aos fenótipos patogênicos. Em casos positivos, foi realizado rastreamento familiar com sequenciamento de Sanger.

 

Resultados: Até o final de dezembro de 2023, foram incluídos 2752 probandos com mediana de 49 (34-60) anos de idade, sendo 46% do sexo feminino. O diagnóstico primário foi cardiomiopatia em 57%, aortopatia em 14%, dislipidemia em 10%, arritmia em 9%, cardiopatia congênita em 10%. Todos os pacientes incluídos realizaram teste genético: 29% dos testes apresentaram variantes patogênicas ou possivelmente patogênicas, 25% apresentaram variantes de significado incerto (VUS) e em 45% não foram encontradas variantes associadas ao fenótipo do paciente. Os principais genes associados a cardiomiopatias foram MYBPC3, MYH7 e TTN; a dislipidemias LDLR; a arritmias SCN5A e KCNH2; a aortopatias FBN1; não houve genes destacadamente associados a múltiplos casos de cardiopatias congênitas. Foram rastreados 927 familiares, nos quais em 50% foi encontrada a mesma variante do probando.

 

Conclusões: Um programa de genotipagem em pacientes com cardiopatias genéticas mostrou-se eficaz em identificar variantes patogênicas, descrever os principais genes associados aos fenótipos, e rastrear familiares em risco. Tal estratégia pode ser incorporada à prática assistencial, bem como contribuir para a investigação de mecanismos moleculares associados às doenças.

 

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