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Análise epidemiológica dos transplantes cardíacos realizados na última década no Estado de São Paulo

Ingrid Bortolucci, Monica Samuel Avila, Fernando Bacal, Fabiana Goulart Marcondes-Braga, Sandrigo Mangini, Luís Fernando Bernal da Costa Seguro, Iáscara Wozniak de Campos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: O transplante cardíaco (Tx) é o tratamento indicado para pacientes com insuficiência cardíaca (IC), que, apesar de terapia otimizada, ainda apresentam IC refratária ou arritmias ventriculares intratáveis. Ademais, segundo a 3ª Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco, a criação da ciclosporina na década de 1980 foi uma grande revolução para o Tx, pois tornou-se o tratamento de escolha para insuficiência cardíaca no estágio D, com mais de 110 mil procedimentos realizados no mundo. Todavia, mesmo com a evolução nas terapias, há uma tendência no crescimento do número de pacientes com insuficiência cardíaca avançada e ainda há obstáculos inerentes ao transplante. A baixa disponibilidade de órgãos e a longa espera pelo procedimento são grandes desafios relacionados a essa terapêutica, as quais impactam diretamente na vida dos pacientes. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar a epidemiologia que envolve os transplantes cardíacos ocorridos no Estado de São Paulo na última década. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e transversal, desenvolvido com dados da Central de Transplantes do Governo do Estado de São Paulo, de 2013 a 2023, referente ao Estado de São Paulo. As variáveis utilizadas foram: sexo, faixa etária e etiologia da doença que motivou o transplante cardíaco.  Resultados: 

tabela 1: Dados dos Transplantes Cardíacos realizados no Estado de São Paulo na última década

Conclusão: De acordo com os dados observados, o ano com maior número de transplantes cardíacos realizados no Estado de São Paulo na última década foi em 2023, representando 10,44% (146 transplantes). Os pacientes acima de 18 anos equivalem a 85,37% dos procedimentos realizados. O sexo masculino constitui, em média, 65,22% desses pacientes. No que tange à etiologia, ao somar a causa dilatada idiopática e a etiologia chagásica, essas correspondem a mais da metade da necessidade de transplantes cardíacos (56,66%). Por fim, no Brasil o transplante cardíaco é, muitas vezes, a única opção viável de tratamento para pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Dessa forma, são necessárias campanhas de conscientização para incentivar a doação de órgãos, a fim de aumentar a disponibilidade de órgãos e diminuir a fila de espera.

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