RESUMO
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Aterosclerose desempenha o papel principal em seu fardo. O estilo de vida dos indivíduos pode influenciar fortemente o tempo de início da doença cardiovascular.
Visar essas variáveis de estilo de vida pode ajudar a diminuir a morbidade da população brasileira. Em 2013, o Brasil Secretaria de Saúde lançou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), um inquérito epidemiológico domiciliar que permitiu aos pesquisadores avaliar quais fatores de estilo de vida dos brasileiros podem potencialmente aumentar o risco de doença aterosclerótica doenças cardiovasculares na população.
O objetivo do estudo foi avaliar como estilo de vida pouco saudável está associado à doença cardiovascular aterosclerótica na População brasileira.
MÉTODOS:
Este foi um estudo retrospectivo e observacional. A PNS entrevistou 2.233 indivíduos para avaliar história cardiovascular prévia e condições de estilo de vida.
A idade média foi de 58,1 anos e 1.323 (59,2%) eram mulheres.
Os desfechos cardiovasculares foram definidos como: diagnóstico médico prévio de infarto agudo do miocárdio (IAM) ou angina.
Variáveis de estilo de vida foram definidas como: obesidade, sedentarismo, consumo de álcool, tabagismo e dieta rica em gordura.
A análise multivariada foi realizada por meio de regressão logística com stepwise seleção de variáveis. O nível de significância estatística utilizado foi de 5% bicaudal.
RESULTADOS
Obesidade foi observada em 426 (19%); 1.158 (51,8%) consumiam dietas ricas em gordura; 52 (2,33%) eram sedentários; 276 (13,4%) eram fumantes; e 186 (8,3%) tinham ingestão prejudicial de álcool. Diagnóstico de IAM foi relatado por 672 (30,1%) indivíduos, e 141 (6,3%) já haviam sido diagnosticados com angina e IAM.
CONCLUSÃO
O único fator independente de estilo de vida fortemente associado ao IAM na população brasileira foi a obesidade. Além disso, o sexo masculino e a idade superior a sessenta anos foram identificados como fatores de risco independentes para IAM, enquanto apenas o sexo masculino foi associado à ocorrência de IAM e angina.