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Tratamento Invasivo por Cateter de Ablação sem Radiação para Gestante Refratária ao antiarritmico.

Fabio Kirzner Dorfman, Pedro Augusto Gori Lima , Rodrigo Mendonça Dionisio, Flavio Gonçalves Lyra , Junior Charly Florero Pereira , Jéssika Mayhara Souza Tolentino, Daniel F.Almeida Pinto, Tamer El Andere , Otavio Ayres, Elcio Pires Junior
Hospital São Luiz - Osasco - SP - Br

O tratamento das arritmias cardiacas durante a gestação é sempre um desafio, tanto para o ginecologista como o cardiologista. Nos EUA, desde 2018 é crescente a mortalidade materna devido a presença de arritmias durante a gestação, além dos riscos para o feto secundário ao uso das medicações.

Relato de caso: M.C, 37 anos, G2P1A0, 17° semana de gestação é internada em taquicardia de QRS estreito com FC de 141 bpm, referindo cansaço progressivo há 2 dias. No PS recebeu inicialmente tratamento com adenosina sem reversão e foi encaminhada para UTI. Optou-se pela realização dos exames e controle da FC com cloridrato de sotalol e metoprolol monitorando a FC fetal diariamente. Após o aumento da dosagem deste fármaco a paciente evoluiu com sintomas de baixo débito associado com bradicardia, mantendo a arritmia. (Fig-1). Com antecedente de 3 AVCs isquêmicos, cardiopatia estrutural com FEVE 40%, ablação prévia de taquicardia atrial em 2016, além da idade avançada para gestação e dificuldade no manuseio do antiarrítmico optamos após ampla discussão em tentar realizar ablação utilizando como ferramenta de navegação o ecocardiograma intracardíaco e o sistema de mapeamento eletroanatômico CARTO 3. Conforme a última diretriz, a paciente apresentava o perfil para indicação. Realizou um ecocardiograma transesofágico afastando a presença de trombos. O procedimento ocorreu com a paciente em anestesia geral,  03 acessos femurais para colocação de cateteres e 02 punções transeptais. (Fig.2). Com o método eletroanatômico descobrimos tratar-se de uma taquicardia da parede posterior do AE próximo as veias pulmonares direitas. Durante a confecção da linha pela RF ocorreu a interrupção da taquicardia. (Fig-3) (Fig-4). O procedimento ocorreu sem intercorrências com o tempo de 96 min. Após 1 semana a paciente teve alta hospitalar.

Conclusão: A ablação sem radiação (zero fluoro) realizada com o ecocardiograma intracardíaco ou transesofágico é um procedimento seguro e aplicável. Acreditamos que este relato representa um número muito maior de pacientes que poderiam ser tratados de forma invasiva evitando complicações maternas e fetais. 

 

 

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