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Síndrome de Takotsubo - relato de caso de ventriculografia com padrão incomum atendido em hospital universitário

Jorge Marcelo Napoleon Medina Cabellos, Paula Santiago Teixeira, Fernanda Kitabashi Rorato, Lívia Suzuki Fassani, Maria Fernanda Rodrigues de Menezes, Julliana Cunha Rodrigues, André Kiyoshi Miyahara, João Pedro Benevides de Oliveira, Adriano Caixeta
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: a síndrome de Takotsubo (STK), também chamada de cardiomiopatia do estresse, é uma patologia cuja fisiopatologia ainda não é completamente estabelecida. Na maioria dos casos de STK (77%) ocorre acinesia apical associada a uma hipercinesia basal no ventrículo esquerdo (VE). No entanto, existem algumas variações do acometimento do VE como a hipocinesia medioventricular (18%) e a acinesia basal com hipercinesia apical, também chamada de STK invertida (4%) ou condições mistas. Apresentamos um caso incomum de STK enfatizando a necessidade de realização de ventriculografia e reconhecimento dos padrões de STK. Relato de caso: paciente de 60 anos, sexo feminino, hipertensa e portadora de ansiedade e depressão. Admitida em unidade de terapia intensiva de hospital universitário por sepse de foco urinário com necessidade de uso de droga vasoativa. Apresentou dor torácica atípica. Eletrocardiograma com evidência de supradesnivelamento do segmento ST de V5-V6, DII, DIII e aVF. Encaminhada para estratificação invasiva de urgência, que não evidenciou lesões obstrutivas ou espasmo coronariano. Ventriculografia mostrou hipocinesia de todo segmento médio e hipercinesia apical e basal (Figura 1). Ecocardiograma (ECO) com FE 31% e hipocinesia ínfero septal medial. Mantido suporte intensivo e iniciado inotrópico. Alta hospitalar após 16 dias de internação, assintomática e em uso de terapia medicamentosa otimizada. No acompanhamento de 5 anos encontra-se assintomática. Não houve recorrência de STK, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio ou necessidade de revascularização miocárdica. Conclusão: a STK ainda é um desafio diagnóstico, corresponde a cerca de 2% dos casos com suspeita de síndrome coronariana aguda. É importante a compreensão dos tipos de alterações na parede do VE na ventriculografia e no ECO, pois podem auxiliar no diagnóstico precoce e ter relação com complicações ou mortalidade. Apresentamos um quadro com um acometimento raro do VE. É necessária a realização de mais estudos correlacionando a alteração morfológica com complicações e prognóstico dos pacientes.

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