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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Exercício aeróbio e de força modulam de forma distinta parâmetros clínicos e de remodelação cardíaca desencadeada por dieta ocidental

Gregolin, C. S., BARBOSA, G. S., PAULA, B. H. DE, RÊGO, R. M. P., GRANDINI, N. A., BAZAN, S. G. Z., SOUZA, S. L. B. DE, MOTA, G. A. F., CICOGNA, A. C., CORRÊA, C. R.
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: Dieta ocidental é fator de risco primário para desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCVs). A remodelação cardíaca (RC) é uma resposta adaptativa às agressões ao coração, exigindo compreensão de possíveis estratégias terapêuticas. Apesar do efeito benéfico do exercício físico nas DCVs, estudos são necessários para entender como os tipos de exercício podem influenciar a RC. Objetivo: Verificar o efeito dos exercícios aeróbio e de força sobre parâmetros clínicos e de RC induzida por dieta ocidental. Material e métodos: Ratos Wistar (n=60, 30/grupo) receberam dieta controle (C) ou dieta ocidental (DO) por 20 semanas. Confirmada a RC por análise ecocardiográfica, os ratos foram redistribuídos em: sem treinamento (C e DO) e treinados (C + exercício de força [C+EF]; C + exercício aeróbio [C+EA]; DO + exercício de força [DO+EF]; DO + exercício aeróbio [DO+EA]). Exercício aeróbio (AE): corrida em esteira (1h/dia) alternando 8 min a 80% e 2 min a 20% da capacidade máxima (CM). Exercício de força (EF): subidas em escada com cargas crescentes, 50%, 75%, 90% e 100% da CM, 1 min de descanso entre as subidas. Os protocolos foram realizados 5x/sem/8 sem. As CM foram previamente estabelecidas por teste de esforço. Na 20 e 28ª semana, os grupos foram submetidos a ecocardiograma, capacidade funcional e PAS. Estatística: MANOVA e Bonferroni (p<0,05). CEUA: 1333/2019. Resultados: Na 20ª semana os grupos DO apresentaram RC concêntrica, disfunção diastólica e sistólica, aumento da PAS e prejuízo da capacidade funcional. Após treinamentos, houve melhora da capacidade funcional e redução da PAS. Na análise ecocardiográfica, os EA e EF reduziram a ERVE e o EF normalizou o tamanho do átrio esquerdo (AE) e a relação AE/aorta. Ambos os exercícios aumentaram o volume sistólico ejetado, mantiveram a fração de ejeção e a % de encurtamento endo e mesocárdico e reverteram o decréscimo da VEPP nos animais DO. Apenas o EF normalizou os tempos de relaxamento isovolumétrico e desaceleração da onda E, E’ e relação E’/A’ nos animais DO, divergindo do EA. Conclusão: Os EA e EF modularam os parâmetros clínicos e de RC, caracterizados por melhora da capacidade funcional e atenuação do aumento da PAS e das alterações dos parâmetros ecocardiográficos estruturais e da função sistólica, de forma semelhante. No entanto, foi observado que o exercício de força foi mais eficaz em atenuar o descrédito da função diastólica.

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