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Evolução da função ventricular esquerda após cirurgia de revascularização do miocárdio em pacientes com miocardiopatia isquêmica – Estudo MASS VI HF

ARTHUR CICUPIRA RODRIGUES DE ASSIS, Paulo Rezende, Whady Hueb, Edimar Bocchi, Thiago Scudeler, Marcela Silva, Luis R Dallan, Fabio Gaiotto, Fabio Jatene, Roberto Kalil
InCorHCFMUSP - SP - SP - Brasil

Introdução: Pacientes com Doença arterial coronariana (DAC) e Disfunção ventricular esquerda podem apresentar melhora da função sistólica após cirurgia de revascularização do miocárdio. Apesar disso, evidências sugerem que essa melhora ocorre em pequena parcela de pacientes e seus fatores associados ainda são desconhecidos.

Métodos: Pacientes portadores de DAC multiarterial estável, disfunção ventricular esquerda (FE ≤ 35%), e isquemia miocárdica documentada por testes ou pela presença de sintomas anginosos estão sendo incluídos em estudo randomizado, no qual a cirurgia de revascularização (CRM) está sendo comparada ao tratamento medicamentoso (TM). Ecocardiograma transtorácico está sendo realizado antes da inclusão do paciente no estudo, 1 semana após a cirurgia e 1 ano em ambos os grupos (CRM e TM). A melhora da FE foi avaliada por testes de comparação de proporções e pelo teste ANOVA. Fatores associados a melhora da FE foram avaliados pelo teste Mann-Whitney (variáveis contínuas) e pelo teste qui-quadrado (variáveis categóricas).

Resultados: De 159 pacientes incluídos, 74 (46,5%) foram randomizados para o grupo CRM e 85 (53,5%) para o grupo TM. As características iniciais dos 2 grupos encontram-se balanceadas (idade 62,2 x 63,8 anos, 78% x 72% do sexo masculino, 82% x 77,5% de DAC triarterial, FE 31,3% x 32,7%, presença de isquemia documentada 89,5% x 82,3%, respecitvamente nos grupos CRM e TM. No grupo TM, a FE foi de 35,9 ± 5,0 para 36,3 ± 6,3 (delta 0,4 ± 3,9) e no grupo CRM, foi de 33,4 ± 6,0 para 37,1 ± 7,5 (delta 3,7 ± 6,2), p = 0,038 (teste ANOVA). A melhora da fração de ejeção ≥ 5% foi observada em 17,2% x 45,2% (p=0,002), e ≥ 10% em 1,7% x 17,7% (p=0,004) dos pacientes nos grupos TM e CRM, respectivamente. Nenhuma das variáveis estudadas foi associada a melhora da FE.

Conclusões: Neste estudo, a cirurgia de revascularização do miocárdio foi associada a melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo em pacientes com isquemia miocárdica associada a doença coronariana e disfunção ventricular esquerda. Permanecem desconhecidos os fatores relacionados a essa melhora.

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