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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Associação do Alto Volume de Treinamento Físico e Calcificação Arterial Coronariana: revisão sistemática e meta-análise

Bruno Lopes Bridi, Douglas dos Santos Soares, Luciana Diniz Nagem Janot de Matos, Marcelo Rodrigues dos Santos, Rodrigo Freire Dutra
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL

Introdução: A atividade física praticada em volumes recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) gera numerosos benefícios para a saúde cardiovascular, como a prevenção da calcificação arterial coronariana e proteção contra o acidente vascular encefálico e o infarto agudo do miocárdio. Contudo, alguns estudos observacionais sugerem que elevados volumes de treinamento físico, como realizados por atletas de endurance, poderiam aumentar a deposição de cálcio nas artérias coronárias, o que gera grande paradoxo na área da cardiologia do esporte. Objetivo: Comparar o escore de cálcio nas artérias coronárias obtido pela tomografia computadorizada (TC) de acordo com o volume de treinamento físico, visando maior entendimento sobre a associação entre altos volumes de treinamento físico e a deposição de cálcio nas artérias coronárias. Métodos: Realizou-se revisão sistemática e metanálise por busca nas principais bases de dados da área da saúde (PubMed/MEDLINE, Web of Science, Cochrane Library, Embase, the Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature [CINAHL] e Scopus), incluindo-se artigos que registraram o volume de treinamento físico semanal de indivíduos com altos volumes de treinamento físico maiores de 18 anos sem doença cardiovascular sintomática. O grupo controle, também livre de doença cardiovascular, consistiu em indivíduos que atenderam às recomendações de atividade física definidas pela OMS ou que apresentaram atividade fisicamente insuficiente, abaixo das recomendações. O desfecho principal foi o nível de cálcio nas artérias coronárias obtido pela TC e quantificado pelo escore de Agatston. Mil trezentos e oitenta artigos foram pré-selecionados com base nas estratégias de pesquisa adotadas. Destes, 24 foram analisados minuciosamente para confirmar as suas respectivas adequações aos critérios de inclusão propostos. Por fim, incluiu-se 5 estudos na metanálise. Resultados: Um total de 22.015 controles fisicamente inativos ou ativos com baixos volumes de treino físico e 18.366 praticantes de altos volumes de treinamento físico foram comparados quanto ao escore de Agatston. A análise conjunta dos grupos revelou uma diferença média nos valores de CAC de -1,59 (IC 95% [-11,85; 8,68], p=NS). Conclusão: Altos volumes de atividade física não estão associados à presença de calcificação arterial coronariana. Devido aos vieses observados nos estudos, análises prospectivas e com maior rigor metodológico se fazem necessárias, a fim de esclarecer a relação entre altos volumes de treinamento físico e doença aterosclerótica.

Forest Plot dos artigos incluídos na metanálise

 Diagrama PRISMA - processo de seleção dos artigos

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