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Correção Percutânea de Recoarctação de Aorta crítica em paciente adulto após 33 anos

Rafael Cardoso Rocha, Almir Alamino Lacalle, Marielle Rodrigues Martins, Lucas Barbosa Tolentino, Geraldo Luiz de Figueiredo, Rafael Brolio Pavão, André Schmidt, José Antônio Marin-Neto
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - SP - BRASIL

Relato de Caso: Masculino, 40 anos, tabagista, com diagnóstico de Coarctação da Aorta (CoAo) na infância e correção cirúrgica aos 7 anos de idade. Há 5 anos, iniciou quadro de dispnéia e fadiga aos moderados esforços (NYHA classe II) que evoluiu para dispneia aos esforços menores (NYHA classe III) nos últimos 2 meses. Ao exame físico, apresenta assimetria de pulsos dos membros superiores em relação aos inferiores (reduzidos). Eletrocardiograma de base com ritmo sinusal e sobrecarga de câmaras esquerdas. Radiografia de tórax com cardiomegalia e imagens de entalhe em borda inferior de alguns arcos costais (sinal de Roesler). Ecocardiograma transtorácico com Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo = 40% e hipertrofia concêntrica. Trazia de outra instituição exame de angiorressonância magnética de aorta evidenciando CoAo com acentuada redução do calibre na junção do arco aórtico com a porção descendente, após a origem da artéria subclávia esquerda. Encaminhado a nosso serviço para correção percutânea de CoAo com grave repercussão hemodinâmica. Cateterismo com angiografia evidenciou gradiente sistólico através da CoAo = 55 mmhg, diâmetro da estenose = 3 mm, diâmetro aorta torácica pré-coarctação = 12,3 mm e diâmetro em aorta diafragmática = 18,8 mm, com discreta hipoplasia do arco aortico e dilatação pós estenótica de aorta descendente associadas. Realizado implante de Stent CP Alone Recoberto 45 mm montado em cateter balão Atlas Gold 14x40mm, liberado com 12 atm e pós dilatação com 14 atm. Manometria imediatamente após o procedimento demonstrou ausência de gradiente residual.

Conclusão: O tratamento percutâneo com stent é hoje o método preferencial para correção de CoAo em adultos. Está associado a menores taxas de complicações agudas em comparação à cirurgia. O uso de stents recobertos tem demonstrado menor incidência de complicações como aneurisma de aorta e dissecção vascular. No caso relatado, houve boa evolução após o procedimento, recebendo alta no dia seguinte para seguimento ambulatorial.

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