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Síndrome de Takotsubo: análise de coorte de pacientes acompanhados em hospital universitário

Paula Santiago Teixeira, Dyovane de S. Lopes, Carolina S. Garcia, Jorge M. N. M. Cabellos, Joyce U. S. Yamamoto, Pedro Ivo M. Moraes, Henrique Tria Bianco, Adriano H. P. Barbosa, Adriano Caixeta, Gustavo R. F. Santos
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: a síndrome de Takotsubo (STK) é uma cardiomiopatia reversível causada pelo aumento de catecolaminas em resposta ao estresse físico ou emocional. Apesar de sua relevância, com uma recorrência de cerca de 4%, ainda é pouco estudada. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o perfil demográfico, clínico, angiográfico e evolução intra e extra-hospitalar de pacientes com STK em um hospital universitário. Métodos: realizou-se uma revisão de prontuários no período de 2009 a 2024 e contatou-se os pacientes com STK para seguimento médico. Resultados: identificou-se 23 pacientes com STK, sendo 83% do sexo feminino, com idade média de 62 anos. Das comorbidades associadas, 52% tinham hipertensão arterial, 17% depressão, 13% neoplasia, 10% diabetes e 10% fibrilação atrial (FA). Os fatores desencadeantes foram estresse físico em 26%, estresse emocional em 22% e indeterminados em 52%. Segundo a classificação InterTAK, os tipos I, IIa, IIb e III representaram, respectivamente, 22%, 22%, 3% e 53% dos casos. Houve predominância de acometimento apical (90%). Durante o acompanhamento intra-hospitalar, 17 pacientes necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva, 4 de ventilação mecânica, 10 de drogas vasoativas, 1 de balão intra-aórtico e 3 de antiarrítmico. Houve 1 óbito intra-hospitalar não relacionado à etiologia cardiovascular. No acompanhamento de longo prazo, 13 dos 23 pacientes foram contatados, sendo que um apresentou AVE isquêmico e dois faleceram de causas não cardiovasculares. Não foram registradas recorrências de STK, infarto, necessidade de revascularização ou internações por insuficiência cardíaca. Conclusão: nesta série de casos, a STK predominou em mulheres pós-menopausa, com o estresse físico sendo o principal fator desencadeante. O acompanhamento a longo prazo não evidenciou recorrência da patologia, destacando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento individualizado para um melhor manejo e desfecho clínico a longo prazo.

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