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Diagnósticos da SCA na emergência: Dificuldades e vieses cognitivos - Relato de caso

Rodrigo Lepera Ramires, Emilly Rabano Fornel, Daniel Kamikawa Honda, Thiago Augusto Simões Silva, Gabriela Lepera Ramires, Caio Mancilha Pivato Villela, Felix José Alvarez Ramires
Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo - SP - Brasil

Introdução:  Dor torácica é causa frequente de ida à unidade de emergência correspondendo a mais de 5% das visitas. Apresenta diferentes formas e diagnósticos etiológicos. Infarto agudo do miocárdio – IAM é uma das  principais causas de morte no Brasil e no mundo e ainda apresenta alta mortalidadequando retar dado o início do seu tratamento. A maior prevalência está em pacientes com idade superior à 50 anos, quanto maior acumulo de fatores de risco. Diagnóstico deve ser feito rapidamente baseado na história clínica, na probabilidade de risco, e com os exames complementares iniciando pelo ECG.  ECG pode apresentar supradesnivelamento do seguimento ST, inversão de onda T ou Bloqueio de Ramo Esquerdo. Os vieses cognitivos na sala de emergência são frequentemente causadores de erros diagnósticos e tratamentos equivocados ou retardados. Objetivo: Relatar caso de paciente com diagnóstico tardio  de IAM. Metodologia: As informações foram obtidas no registro do prontuário do paciente. Caso: Paciente J.A.S, masculino, 57 anos, chega à unidade de pronto atendimento referindo dor no peito atípica e abdômen há 2 dias além de constipação há 10 dias. Na mesma semana realizou exame de colonoscopia. Possui hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus. Bom estado geral, pressão arterial de 88 x 59 mmHg, frequência cardíaca de 86 bpm, murmúrios vesiculares sem ruídos adventícios. Abdome distendidoruídos hidroaéreos diminuídos, timpânico, indolor. Realizado analgesia com antiespasmódico, analgésico e solicitado ECG. Reavaliado, referiu melhora dos sintomas e ECG com BRE. paciente recebeu alta com medicação e orientação para acompanhamento. No dia seguinte, contato com o paciente pois o ECG possuía alteração. Ao contatar os familiares souberam que ele deu entrada na emergência. Na emergência paciente foi diagnosticado com IAM, Troponina I: 26,300ng/ml, iniciado tratamento clínico inicial do IAM. Devido atraso no diagnóstico, mais de 12h sem novos sintomas de dor, mantido tratamento clínico. Discussão: Vieses cognitivos veem cada vez mais sendo valorizados na sala de emergência. Neste caso viés cognitivo de ancoragem prendeu a atenção na história abdominal, na constipação e na colonoscopia recente e desviou a atenção da classificação de alto risco para doença aterosclerótica e do BRE que representariam fatores importantes no diagnóstico e na implementação do tratamento precoce da SCA. Conclusão:  Os vieses cognitivos atrapalham o diagnóstico e, consequentemente, a conduta. É preciso ficar atento e não permitir que tais vieses se sobreponham às melhores práticas.

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