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Avaliação da melhora da complacência intracraniana em pacientes submetidos a TAVI: Resultados Iniciais

Roberto Abdalla Filho Abdalla, Hugo Bertipaglia, Ana Karolina Costa do Amaral, Gustavo Frigieri, Bruno Stefani Lelis Silva, Cristiano Abdel Massih, Jonas Alves Garcia, Fabio Augusto Pinton, José Francisco Kerr Saraiva, Wilson Nadruz Junior
Hospital Samaritano Campinas - Campinas - SP - Brasil

Introdução: O sistema cardiovascular exerce um papel crucial no funcionamento adequado do sistema nervoso central. Pesquisas prévias mostraram que tanto a hipertensão arterial quanto a hipotensão podem resultar em sintomas neurológicos imediatos e aumentar o risco de déficits neurológicos futuros, incluindo a demência na velhice (1–3). Este estudo visa avaliar a complacência intracraniana (CIC) em pacientes submetidos ao Implante Valvar Aórtico Transcateter (TAVI), utilizando um sensor não invasivo desenvolvido pela empresa Brain4care (4–6)buscando compreender o impacto do TAVI na dinâmica intracraniana e na saúde neurológica. Métodos: Avaliamos a CIC de nove pacientes antes e após serem submetidos a TAVI, utilizando o sensor não invasivo da Brain4Care. Os dados foram analisados estatisticamente para determinar qualquer mudança significativa na CIC após o procedimento. Resultados: A Figura 1 ilustra o resultado da comparação das razões P2/P1 antes e após a TAVI. Observou-se que em 77.8% dos pacientes houve uma melhora da razão após a intervenção. Este resultado evidencia a eficácia do procedimento TAVI na promoção de melhorias na CIC, refletindo positivamente na perfusão cerebral dos pacientes estudados. A avaliação das razões P2/P1 emerge como uma ferramenta valiosa na monitorização da saúde cerebral pós-TAVI, fornecendo insights importantes para o manejo clínico e acompanhamento dos pacientes. A Figura 2 ilustra a evolução da razão P2/P1 antes e após o procedimento de TAVI. As linhas vermelhas representam os pacientes com aumento no valor dessa razão, indicando uma piora na CIC (razão P2/P1 > 1.2). As linhas verdes representam os pacientes que tiveram redução nesse valor, sugerindo uma melhora na CIC após a TAVI. A linha azul representa um paciente específico que teve aumento na razão P2/P1, sugerindo uma possível piora inicial, porém a interpretação clínica revela que este paciente transitou de uma região de hipofluxo sanguíneo cerebral (razão P2/P1 < 0.65) para uma faixa considerada normal (0.65 a 1.2) após a TAVI, com provável melhora na perfusão cerebral. As linhas pontilhadas representam faixas de transição dos valores de normalidade da técnica. Não houve diferença estatística entre os parâmetros analisados antes e após a TAVI, provavelmente em virtude do tamanho da amostra. Conclusão: Estes resultados preliminares sugerem que a TAVI pode ter um efeito positivo na CIC. No entanto, são necessários estudos adicionais com uma amostra maior para confirmar esses achados e entender melhor os mecanismos subjacentes.

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