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ANÁLISE RETROSPECTIVA DE PROTOCOLO DE SÍNCOPE APLICADO NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA EM PACIENTES CLASSIFICADOS COMO ALTO RISCO

Gabriele Mendonça Trevelin, Thiago Baccili Cury Megid, Adalberto Menezes Lorga Filho, Eduardo Palmegiani, Vinícius Padovese, Carolina Ferreira Iglesias
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Síncope é a perda transitória da consciência devido hipoperfusão cerebral, de início rápido, curta duração e completa e rápida recuperação.  Corresponde a 0.6 a 1.7% dos atendimentos no departamento de emergência (DE) e representa alta taxa de internação. Aproximadamente 40% são de origem indeterminada na primeira avaliação, sendo necessária estratificação do risco por meio de história clínica, exame físico e eletrocardiograma (ECG).

O objetivo deste trabalho é analisar retrospectivamente pacientes que foram atendidos do DE no ano de 2020 e classificados no protocolo de síncope como alto risco, visando avaliar características clínicas e evolução nos anos subsequentes.

O protocolo de síncope no DE foi criado baseado nas recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia, sendo comtemplados dados objetivos de anamnese, exame físico e ECG (Figura 1) que, em conjunto, classificam os pacientes em alto, moderado ou baixo risco (cores vermelha, amarela e verde, respectivamente). Pacientes de alto risco têm recomendação de internação ou de intervenção de emergência, de acordo com a situação clínica, enquanto pacientes de baixo risco podem ser liberados; quando moderado risco, necessitam de avaliação cardiológica complementar (Figura 2). Avaliação neurológica pode ocorrer na presença de traumatismo craniano, estado pós ictal ou quadro convulsivo associado à síncope. Exames complementares, como ecocardiograma, holter e até cateterismo cardíaco, são solicitados de acordo com os dados encontrados no próprio protocolo. Em 2020, 65 pacientes foram classificados como alto risco, sendo que 7 não foram encontrados para seguimento. Dos 58 analisados, 9 (15,5%) evoluíram a óbito, 15 (25%) foram submetidos à implante de marcapasso (9 em caráter de urgência), 2 (3,4%) submetidos à implante de CDI, 2 (3,4%) realizaram ablação de via lenta nodal, 4 (6,8%) realizaram angioplastia, 1 (1,72%) apresentou embolia pulmonar e 4 (6,8%) estão em acompanhamento neurológico (1 AVC isquêmico e 3 por epilepsia - sugerindo que estes não apresentavam quadro de síncope, e sim perda transitória da consciência de causa neurológica). Apenas 21 (36,2%) não tiveram desfechos cardiovasculares, necessidade de procedimentos cardiológicos ou acompanhamento neurológico.

Os dados indicam que pacientes com síncope classificados como alto risco pelo protocolo devem ser investigados, devido alta taxa de óbito ou necessidade de intervenções cardiológicas.

 

Figura 1

Figura 2

 

 

 

 

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