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Aortite por Coxsackie B em paciente com Leucemia Linfoblástica aguda T Cortical

Patti Kaori Nishi Lee , Rodrigo Noronha Campos, Aline Sabrina Holanda Teixeira Moraes -, Juliana Corrêa de Oliveira Caied, Bruna Gonçalves gustinelli , Andres Eduardo Larrovere Vasquez, João Carlos Domiciano da Silva, Rômulo Fonseca de Moraes, Gabriel Mostaro Fonseca
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL

Paciente D. S. G., sexo masculino, 36 anos, com diagnóstico de Leucemia Linfoblástica aguda T Cortical com história oncológica de ressecção de lesão mediastinal em fevereiro de 2023 e tratamento inicial com ciclo ímpar de HyperCVAD em abril de 2023, seguido de indução e consolidação com protocolo CALGB 10403. Assistido que em processo quimioterápico de manutenção e intensificação tardia, necessitou múltiplas interrupções devido à neutropenia.

Em hospitalização de novembro de 2023 para seguimento de quimioterapia intensiva, evolui com recorrência de febre associado a dessaturação após 2 dias de recente retorno de unidade de terapia intensiva na qual havia sido suspeitado neutropenia febril sem aparente foco localizatório e em vigência de antibioticoterapia. Foi então interrompido protocolo quimioterápico e solicitado novas tomografias.

Na tomografia de tórax com contraste apresenta achado novo com importante espessamento semi circunferencial no segmento ascendente e arco da aorta torácica, estendendo-se também por curto segmento da origem da artéria braquiocefálica, em associação a densificação difusa da gordura do mediastino e aumento do derrame pericárdico, ainda de pequeno volume. Acionado cardiologia e infectologia para seguimento e investigação etiológica sendo solicitado angioressonância de aorta e coração para melhor delimitação da área acometida assim como possíveis complicações.

Em angioressonância aorta torácica evidenciado na sequência axial ponderada em T1 pós-contraste reforça suspeita de aortite por meio de importante espessamento semicircunferencial no segmento ascendente e arco da aorta torácica, até origem da artéria braquiocefálica.

Já em ressonância cardíaca realizado conjuntamente, foi visualizado derrame pericárdico discreto / moderado, de aspecto circunferencial, com lâmina de até 15 mm junto à porção basal da lateral do ventrículo esquerdo e lâmina de cerca de 8 mm junto à parede lateral do ventrículo direito. Observa-se sinais de discreta restrição diastólica, com sinais de discreto colabamento diastólico atrial direito.

Foi então optado por metilprednisolona em altas dose, colchicina e seguimento com ecocardiograma seriados, evoluindo durante internação com drenagem pericárdica após piora volumétrica de derrame. 

Em investigação etiológica, realizado broncoscopia onde foi evidenciado coxsackie B sendo então indicado imunoglobulina pela infectologia, além de antibioticoterapia de amplo espectro. Em imunofenotipagem de líquido pericárdico: Ausente para células neoplásicas. Evolui com melhora clínica e seguimento oncológico regular. 

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