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Qualidade de vida em pacientes com doença arterial coronariana e disfunção ventricular esquerda submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio versus tratamento clínico – MASS VI HF

Marcela Francisca da Silva, Thiago Scudeler, Paulo Rezende, Whady Hueb, Arthur Cicupira, João P M Telles, Eduardo Lima, Luis AO Dallan, Fabio Gaiotto, Roberto Kalil
InCor HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil

Fundamento: Há uma escassez de estudos que tenham avaliado a qualidade de vida (QV) em pacientes com doença arterial coronariana (DAC) e cardiomiopatia isquêmica. O Objetivo deste estudo é avaliar comparativamente a QV em pacientes com DAC e disfunção ventricular esquerda submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) ou tratamento clínico (TM). Métodos: Entre 2019 e 2024, 164 pacientes com DAC estável e cardiomiopatia isquêmica com fração de ejeção <35% foram randomizados para CRM (n=76) ou TM (n=88). QV foi avaliada através do questionário geral 36-Item Short Form Survey Instrument (SF-36) e do questionário específico The Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ), aplicados pré-randomização e ao final do seguimento. Resultados: A idade média dos participantes foi de 63 anos; 74% eram homens; 92% com dispneia classe I/II NYHA. O seguimento médio foi de 24,9 meses. A QV, avaliada pelo SF-36, melhorou significativamente em ambos os grupos ao longo do seguimento (TM: pré 60,9±20,3; final 65,4±17,8, p=0,04; CRM: pré: 61,8±19,8; pós: 69,3±17,8, p <0,001), no entanto, sem diferenças entre os grupos. Todavia, observou-se uma melhora significativa no domínio estado geral de saúde no grupo CRM vs. TM (75,0 vs. 59,3, p <0,001) ao final do seguimento. Por outro lado, a QV relacionada à insuficiência cardíaca, avaliada pelo MLHFQ, não mostrou melhora em ambos os grupos (TM vs. CRM 21,7±17,5 vs. 19,4±16,7, respectivamente, p=0,43), sem mostrar diferença também quanto aos domínios do questionário MLHFQ (aspectos físicos e dispneia/fadiga). Conclusão: Tanto TM quanto o CRM melhoraram a QV genérica em pacientes com DAC e miocardiopatia isquêmica em seguimento de longo prazo, sem, no entanto, melhorarem a qualidade de vida relacionada à insuficiência cardíaca.

 

 

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