INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortalidade no mundo e o infarto agudo do miocárdio (IAM), é a doença mais comum entre elas. As principais opções de terapias, tratam das consequências, e não a causa, que consiste na perda de cardiomiócitos. Nas últimas décadas, vários estudos pré-clínicos e clínicos sugeriram que o coração poderia ser reparado com a terapia de células-tronco.
METODOLOGIA: Este estudo consiste em uma revisão integrativa. Foram conduzidas pesquisas nos bancos de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores: "Embryonic Stem Cells", "myocardial infarction" e "regeneration". Foram excluídos artigos com mais de 5 anos de publicação, resultando em 58 publicações. Após análise, 5 foram selecionados e incorporados neste estudo.
RESULTADOS: foram conduzidas análises através de animais com IAM, para avaliar os benefícios da terapia com células-tronco. Os resultados revelaram uma notável melhoria na função cardíaca nos animais que participaram do estudo, demonstraram por parâmetros hemodinâmicos aprimorados, como fração de ejeção e volume sistólico. Adicionalmente, houve uma redução significativa no tamanho da cicatriz no tecido cardíaco, indicando a capacidade das células-tronco em substituir o tecido cicatricial por tecido funcional. A análise histológica revelou um aumento notável na formação de novos vasos sanguíneos nas áreas tratadas, evidenciado pelo aumento da densidade vascular e da expressão de fatores que promovem a formação de vasos sanguíneos. A terapia também mostrou um impacto relevante na regulação da resposta inflamatória, resultando na diminuição da expressão de citocinas pró-inflamatórias e uma mudança na polarização dos macrófagos em direção a um perfil anti-inflamatório. Além disso, observou-se a incorporação das dessas células no tecido cardíaco, com sucesso na diferenciação em cardiomiócitos funcionais e formação de conexões comunicantes com os cardiomiócitos adjacentes.
CONCLUSÃO: Os resultados apresentados oferecem valiosas percepções sobre os mecanismos pelos quais as células-tronco facilitam a regeneração do tecido cardíaco após um infarto, destacando sua habilidade de aprimorar a função cardíaca, reduzir a formação de cicatrizes e promover a angiogênese. As implicações clínicas dessas descobertas são promissoras, apresentando novas abordagens no tratamento de pacientes que enfrentam lesões cardíacas após um infarto.