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Osteossarcoma com metástase cardíaca: relato de caso

Ana Carolina Menezes Borsoi, Otávio Rizzi Coelho, Otávio Rizzi Coelho Filho, Marcelo Idalgo Rodrigues, Adriana Aparecida Bau, Marília Leal Escobar
Fundação Centro Médico de Campinas - Campinas - SP - Brasil

Introdução: Tumores cardíacos são neoplasias relativamente raras, quando malignos, sua maior incidência são por disseminação de outros sítios. Osteossarcoma é um câncer ósseo, com acometimento mais comum na infância e no sexo masculino, afetando principalmente ossos longos. É uma doença maligna com potencial de metástase à distância. A metástase cardíaca é rara de ocorrer. Diante da raridade do quadro, apresentaremos um caso de um paciente com metástase cardíaca diagnosticado na vida adulta. Método: Relato de caso através da revisão do prontuário e informações colhidas do paciente, além de revisão bibliográfica. Resultado: Paciente M.C., 60 anos, antecedente de osteossarcoma tibial à direita, com amputação do membro, e  com metástase pulmonar tardia e lobectomia. Deu entrada pelo pronto socorro com quadro de palpitações e sudorese de início súbitos. Realizado eletrocardiograma (ECG) com ritmo de taquicardia ventricular (TV). Realizado cardioversão elétrica sincronizada com reversão para ritmo sinusal. Optado por internação hospitalar para estabilização e investigação clínica. Realizado ecocardiograma transtorácico sem alterações significativas e cinecoronarioangiografia que não demonstrou lesões de coronárias. Em seguida, ressonância magnética cardíaca onde foi evidenciado múltiplas lesões, com realce tardio transmural, nodulares, localizado ao longo de parede anterior, septal e lateral do VE, compatíveis com metástase. Devido a impossibilidade da ressecção cirúrgica do tumor e por tratar-se de um caso com prognóstico favorável (segundo equipe de oncologia),  optado por implante de  cardioversor desfibrilador implantável (CDI), além de terapia medicamentosa. Conclusão: Com base no caso exposto, temos um caso de tumor cardíaco metastático, que a princípio colocaria o paciente em um quadro de terminalidade. Mas como a doença vem apresentando uma evolução lenta, mais de 25 anos, e paciente com bom status geral e funcional, optado em discussão com equipe multidisciplinar por implante de CDI além da terapia medicamentosa e seguimento com quimioterapia.

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