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EFEITOS DO TREINAMENTO AERÓBIO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDIOVASCULAR DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON

DAYANE NUNES RODRIGUES, Iris Callado Sanches, Kátia Bilhar Scapini, Bruno Nascimento, Adriano dos Santos, Hunter Douglas de Souza lima
Universidade São Judas Tadeu - São Paulo - SP - Brasil

A doença de Parkinson (DP) é caracterizada por disfunções no controle motor, frequentemente acompanhadas de prejuízos na regulação autonômica e função cardiovascular. Este estudo propôs avaliar os efeitos de um programa de treinamento físico, incluindo exercícios aeróbicos, sobre parâmetros hemodinâmicos, modulação autonômica cardiovascular, capacidade funcional e perfil inflamatório em indivíduos com DP. Foram selecionados 22 participantes nos estágios 2 e 3 da Escala de Hoehn e Yahr, divididos em Grupo Treinado (12 indivíduos, média de idade 62±10 anos) e Grupo Controle (10 indivíduos, média de idade 67±1 anos). Os participantes realizaram treinamento aeróbio em esteira duas vezes por semana, durante 16 semanas, sendo avaliados antes e após o período de intervenção. Nas comparações entre os grupos revelaram os seguintes resultados: A modulação parassimpática, medida pela raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD), aumentou significativamente no Grupo Treinado (Pré: 20,55±16,80 - Pós: 24,64±18,42). A modulação autonômica cardíaca total, avaliada pelo desvio padrão do intervalo de pulso (DP-IP), também aumentou no Grupo Treinado (Pré: 34,02±20,55 - Pós: 42,77±19,15). A frequência cardíaca de repouso (FC) diminuiu após o treinamento no Grupo Treinado (Pré: 77,95±4,59 - Pós: 72,59±7,02). Foi observada estabilização da pressão arterial em resposta ao estresse ortostático. A capacidade funcional, medida pelo consumo máximo de oxigênio (VO2 pico), aumentou significativamente no Grupo Treinado (Pré: 14,81±1,72 - Pós: 17,08±2,42). Houve redução dos níveis de citocinas pro-inflamatórias (IL-6, Pré: 3,99±1,00 - Pós: 1,77±0,49) e marcadores inflamatórios (PCR, Pré: 2,13±0,99 - Pós: 1,60±0,98) no Grupo Treinado. Em conclusão, os resultados indicam que o exercício físico aeróbio promoveu melhorias na disfunção autonômica em pacientes com DP, evidenciada pelo aumento da modulação parassimpática. Além disso, observou-se melhora na capacidade funcional e proteção cardiovascular, o que reforça a relação entre inabilidade motora e risco cardiovascular nessa população. Portanto, intervenções que promovam a atividade física são recomendadas não apenas para melhorar a função motora, mas também para reduzir o risco cardiovascular em pacientes com DP.

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