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Infarto Agudo do Miocárdio com elevação do segmento ST de etiologia aterosclerótica em um paciente de 21 anos

Sara Raquel Rippel, Leonardo Iezzi de Moraes, Isadora Martins Santos de Oliveira Paulo , Gabriel Padua Valadão de Carvalho
HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - - PR - BRASIL

 

O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de morte no mundo, sendo mais prevalente em pacientes com idade superior a 50 anos. A principal característica fisiopatológica é a instabilização da placa aterosclerótica, sendo a presença desta na sua forma avançada em pessoas jovens é inferior a 20%.

 

Relato de caso:

Paciente masculino, 21 anos, com histórico familiar de doença aterosclerótica precoce, admitido em emergência com queixa de dor torácica retroesternal de forte intensidade, em aperto, desencadeada durante exercício físico, sem melhora no repouso e com irradiação para membro superior direito com 9 horas de evolução. Negava uso de drogas ou outras substâncias. Apresentava-se com sinais vitais estáveis. O eletrocardiograma mostrou elevação do segmento ST em parede lateral baixa (FIGURA 1).

 

Submetido a cineangiocoronariografia que evidenciou hipocinesia anterolateral e acinesia lateral, função global preservada, Tronco de Coronária Esquerda (TCE) ocluído e presença de circulação colateral de Coronária Direita (CD) para Descendente Anterior (DA). Realizada aspiração de trombo de TCE para artéria Circunflexa e implantado Stent (Sinergy 4x20mm) (FIGURA 2).

 

 

Não foi possível acessar o ramo colateral da DA de forma anterógrada ou retrógrada. Paciente recebeu tirofibana endovenosa por 24 horas, e dupla antiagregação plaquetária associada a anticoagulante oral devido alta carga trombótica. Evoluiu estável clinica e hemodinamicamente.

Realizado reestudo coronariano em 7 dias, que demonstrou boa evolução do stent implantado confirmada com tomografia de coerência optica, artéria DA ocluída no seu óstio visualizada no terço médio distal através de circulação colateral exuberante da artéria CD, ventrículo esquerdo com função global preservada e hipocinesia acentuada em região anteromedial (FIGURA 3).

 

 

Recebeu alta hospitalar no 8º dia de internamento, com plano de tripla terapia por 30 dias seguida de dupla antiagregação por 6 meses.

Retornou eletivamente após um ano, sendo submetido a angioplastia de DA (Firehawk 3.50x38mm) e Diagonal (Firehwak 4.0x18mm). Após revascularização completa evolui assintomático cardiovascular.

 

Conclusão:

Apesar de ser menos frequente na população jovem, a hipótese diagnóstica de IAM diante da clínica de dor torácica sempre deve ser considerada, possibilitando assim uma estratificação precoce da DAC e otimizando o tempo entre o diagnóstico correto e a administração da terapêutica adequada.   

 

 

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