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Análise de custo-utilidade dos métodos de diagnóstico da hipertensão arterial na atenção primária no Brasil: MAPA vs MRPA vs MPAC

Rosana Lima Garcia, Marcus Tolentino, Amaury Zatorre Amaral, Giovanio Vieira da Silva
Faculdade de Medicina USP - São Paulo - São Paulo - Brasil

Introdução: Na prática clínica, o diagnóstico da Hipertensão Arterial (HA) pode ser feito principalmente por três métodos: Medida de Pressão Arterial no Consultório (MPAC), Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) e Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). Até o presente momento, não há estudos econômicos que avaliem o impacto da incorporação destas estratégias para o diagnóstico de HA no sistema de saúde público brasileiro, especificamente na atenção primária à saúde (APS). Objetivo: Realizar uma análise de custo – utilidade (ACU) das três estratégias para o diagnóstico da HA na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS): MAPA, MRPA e a MPAC. Métodos: Foi criado um modelo de Markov para avaliar os custos associados ao diagnóstico de HA pelos 3 métodos: MAPA, MRPA e MPAC. Os pacientes entraram no modelo com PAS ≥ 135 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg obtida pela MPAC e foram estratificados por faixa etária. O modelo foi baseado em termos de custo, quality-adjusted life years (QALYs) e custo incremental por QALY ganho. Na análise econômica, os custos foram calculados sob a perspectiva do pagador do sistema de saúde público brasileiro, o SUS. Resultados: Na análise de custo-utilidade (ACU) dos três métodos do diagnóstico da HA na APS brasileira, a MAPA foi a estratégia mais custo-efetiva em todos as faixas etárias acima de 35 anos. Quando comparada com a MPAC, a MAPA foi estratégia custo-efetiva, por apresentar em todos os cenários maiores custos, porém com maiores valores de QALYs. Em comparação com a MRPA, a MAPA foi estratégia dominante, em todas as idades, apresentando menor custo e maior QALYs. Ao comparar a MRPA com a MPAC, os resultados foram semelhantes aos descritos com a MAPA, ou seja, estratégia custo-efetiva. Os resultados foram robustos pela análise de sensibilidade probabilística pelo método de Monte Carlo que analisou as incertezas do modelo. Conclusão: Com um limiar de disposição a pagar de R$ 35.000 por QALY ganho, tanto a MAPA quanto a MRPA são métodos custo-efetivos quando comparados com a MPAC em todos os cenários. Em unidades de saúde brasileiras que atualmente fazem em sua imensa maioria o diagnóstico de HA pela MPAC, tanto a MAPA quanto a MRPA podem ser escolhas mais custo-efetivas. Entre os três métodos, a MAPA foi o método de diagnóstico mais custo-efetivo seguido da MRPA e MPAC.

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