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Índice de imunoinflamação sistêmica e mortalidade de pacientes com doença arterial coronária crônica: um estudo retrospectivo

ANTONIO DE PADUA MANSUR, Maria Eduarda Bergamo, Mariana I S Silveira, Davi P S Martins, João M D C As, Luiz Antonio M César, Gustavo H F Gonçalinho
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: O índice imunoinflamatório sistêmico (IIS) tem sido estudado como um potencial marcador prognóstico em doenças cardiovasculares, porém não existem dados de seu uso na doença arterial coronária (DAC) crônica. O objetivo do estudo, portanto, foi avaliar o valor prognóstico do IIS em pacientes com DAC crônica.

MÉTODOS: Uma coorte retrospectiva em que foram avaliados 15166 pacientes com DAC crônica em seguimento médio de 5,6 anos e incidência de 1355 mortes. O IIS foi calculado pela fórmula [IIS = (Neutrófilos×Plaquetas)/Linfócitos]. Foram aplicados testes t-student para comparar as diferenças de IIS em pacientes que morreram e que sobreviveram. Os pacientes foram divididos em um grupo de alto IIS (>502640) e baixo IIS (502640) com base nas análises de curva ROC. Para avaliar a independência dos fatores de risco, foi aplicada regressão de Cox, utilizando a mortalidade como desfecho ajustado pelo IIS categorizado em baixo e alto, idade, índice de massa corporal, hematócrito, creatinina, glicemia em jejum, ácido úrico, triglicérides, colesterol total, HDL-c, LDL-c, peptídeo natriurético tipo B (BNP) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE).

RESULTADOS: A amostra foi composta por participantes com média de idade de 68,2±10,6 anos; 9931 (65,5%) homens. A taxa de morte foi maior nos pacientes com maior valor do IIS comparados aos sobreviventes (947054±1242460 vs. 548021±439194; p<0,001). O ponto de corte de IIS para classificação encontrado pela curva ROC foi de 502640, com sensibilidade de 60,7% e especificidade de 49,6%. O IIS maior foi a variável independente mais importante associada com o risco de morte (HR=2,043; CI95%=1,378-3,031; p<0,001) quando ajustado por outros fatores de risco.

CONCLUSÕES: O IIS foi um preditor de mortalidade de pacientes com DAC crônica, mostrando-se melhor que os biomarcadores tradicionais e com potencial uso clínico para estratificação de risco individual. 

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