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Análise da otimização da terapia medicamentosa de dislipidemia nos pacientes com profilaxia secundária em cardiopatia isquêmica

CAIO PAIVA FARIA FINGOLA, JULIANA MENDONÇA DUARTE, JULIA BRITO VASQUES
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: A síndrome coronariana aguda (SCA) é caracterizada pela redução de suprimento de oxigênio para o coração, decorrente da obstrução aguda do fluxo sanguíneo de uma artéria coronária. Inclui-se em sua classificação o infarto do miocárdio com e sem elevação do segmento ST e angina instável. O principal mecanismo de obstrução da artéria coronária decorre da instabilidade da placa aterosclerótica que se rompe e forma um trombo, podendo causar danos ao coração. O tratamento de SCA consiste em mudanças no estilo de vida e uso de diferentes classes medicamentosas, entre eles, os hipolipemiantes. Apesar da utilização destes como prevenção secundária, seu uso pode ser direcionado através dos níveis de colesterol “lipoproteína de baixa densidade” (LDL), otimizando terapia e resposta esperada. O tratamento do paciente com SCA é multifatorial, sendo importante a atuação da equipe multidisciplinar. O farmacêutico tem papel fundamental no acompanhamento desses pacientes, orientando o tratamento e monitorando o perfil lipídico, podendo gerar intervenções para otimização da terapia e orientações em saúde. Método: Foram analisados os prontuários eletrônicos de 622 pacientes, com idade entre 65 e 85 anos, que tivessem Classificação Internacional de Doença (CID) I25, internados por mais de 24 horas em um hospital privado da cidade de São Paulo – SP, entre janeiro e dezembro de 2023. Analisou-se as solicitações e resultados de exame de colesterol LDL recente, tratamento prévio com hipolipemiantes e modificação da terapia, de acordo com necessidade e terapia alvo. Resultados: Neste estudo observou-se que 33% dos pacientes tinham exame de LDL recente e, destes, somente 26% estavam na taxa esperada. Mesmo sem exames recentes, 49% dos pacientes mantiveram tratamento com hipolipemiantes em mesma dose e potência, 12% receberam receitas para iniciar o uso, 8% tiveram alteração no tratamento, sendo indicada droga de maior potência, 25% foi otimizada a dose, 4% foi reduzida dose ou potência e 4% seguiram sem hipolipemiante durante todo período. Conclusão: O estudo mostrou oportunidade de atuação multiprofissional no cuidado ao paciente com SCA e otimização de terapia medicamentosa, de acordo com as últimas diretrizes. O farmacêutico, por atuar em toda a linha de cuidado ao paciente: internação, alta hospitalar e acompanhamento ambulatorial; pode acompanhar os resultados laboratoriais e a adesão medicamentosa, avaliando a necessidade de otimização terapêutica, verificando assim qual o tratamento mais assertivo e personalizado para o paciente.

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