Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) caracteriza-se por uma doença cardiovascular na qual há um acometimento estrutural e/ou funcional do coração, podendo afetar o bombeamento sanguíneo para os diversos aparelhos do organismo. A insuficiência cardíaca é a principal causa de internação no SUS, no período de 2008 a 2018 foram registradas mais de 2 milhões de internações por IC e 252 mil óbitos, além disso uma projeção estima que até 2030 a prevalência aumente em 46% sendo os idosos os mais afetados. Muito frequentemente, pacientes com idade acima de 50 também apresentam outras comorbidades como doença renal, hipertensão arterial, diabetes e DPOC, portanto cabe analisar a usabilidade do escore ACEF-MDRD para predizer a sobrevivência de pacientes cardiopatas. O escore ACEF é uma pontuação utilizada em pacientes cardiopatas e/ou submetidos a cirurgia cardíaca baseado nos parâmetros idade, creatinina e fração de ejeção, enquanto que a fórmula MDRD é um cálculo de modificação dietética aplicada a pacientes com doenças renais. Métodos: Revisão narrativa de literatura, no qual a plataforma utilizada foi Medline via PubMed e SciELO, excluindo artigos mais velhos do que 10 anos e que abordavam pacientes mais novos do que 18 anos. Ademais, foram incluídos artigos abordando pacientes com doenças renais que estavam sendo observados sob a fórmula MDRD, e por fim, através dos descritores “heart failure”, “survivorship” e “mortality”, um total de 87 artigos foram encontrados. Após a aplicação dos filtros para selecionar artigos gratuitos, publicados em língua inglesa ou portuguesa nos últimos 10 anos, 32 estudos permaneceram. Dentro dos artigos encontrados, após leitura de títulos e resumos, foram selecionados 3 textos, que abordam o assunto retratado na revisão. Resultados: Nas últimas 2 décadas a mortalidade por insuficiência cardíaca aumentou em adultos com idade superior a 50 anos, houve uma coincidência com o aumento da mortalidade no tercil alto do ACEF-MDRD se comparado aos outros tercis médio e baixo. Também observou-se que os óbitos aumentaram de acordo com o aumento da idade, de maneira semelhante que os escores de ACEF-MDRD mais altos apresentaram taxas maiores de mortalidade. Conclusão: O ACEF-MDRD é um bom preditor de sobrevida em um ano nos pacientes que são portadores de IC e possuem idade acima dos 50 anos, portanto há importância na aplicação deste método para se analisar o estado geral de pacientes portadores da insuficiência cardíaca visando prevenção de mortes futuras.