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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O impacto da miocardiopatia hipertrófica apical em atletas de alto rendimento

Davi Pereira Santos, Wesley Cássio de Souza Silva, Antônio Carlos dos Santos Filho, Eully Christian Barbosa Silva, Dayrouane Layra Barbosa Silva, Felipe Ladeira Pereira, Rafaela Lino de Oliveira , Maria Clara Carvalho Martins Leal, Ane Caroline dos Santos Celino
Faculdade Pitágoras - Eunápolis - Bahia - Brasil

Introdução:A miocardiopatia hipertrófica é uma patologia genética, de característica autossômica dominante, relacionada ao locus 1 do braço longo do cromossomo 14, que se apresenta, predominantemente, pela hipertrofia ventricular esquerda na ausência de outra etiologia cardíaca, sistêmica ou metabólica, afetando 1 em cada 500 pessoas mundialmente. Ademais, pode ser classificada em basal/clássica, médio-ventricular e apical, de acordo com os segmentos de hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE). Dessa forma, a prática vigorosa de exercício físico por por atletas de alto rendimento (AAR), pode desencadear a expressão genética da miocardiopatia hipertrófica apical (MHA) com sintomas inespecíficos devido a má função diastólica, e em casos graves a morte súbita como evento adverso.

 

Métodos:Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no portal da BVS que possibilitou a análise do conteúdo para responder à pergunta norteadora: “Os esportes de alto rendimento devem ser cessados em atletas acometidos por miocardiopatia hipertrófica apical?”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre 2020 a 2024, em português e inglês; os descritores utilizados foram "Miocardiopatia Hipertrófica Apical" e “atletas”; e suas variações em inglês: "Apical Hypertrophic Cardiomyopathy" e “Athletes”; utilizando os operadoresbooleanos “AND” e “OR”. Ao total foram encontrados 123 artigos dos quais excluíram-se 120 pela falta de correlação com a temática abordada.

 

Resultados:Em relato de caso realizado com um atleta rastreado com MHA, sendo classificado com prognóstico de risco devida a concomitância da prática de esportes de alto rendimento (EAR), se fez necessário a colocação de cardiodesfibrilador implantável por risco de arritmia, garantido por nível de recomendação IIb, sendo necessário a tomada de precauções para retorno ao esporte. Ademais, um relato de caso semelhante com um AAR assintomático, o qual foi realizado um ECG evidenciando AVR difuso com inversão de onda T nas derivações inferiores e precordiais esquerdas, além de um ETT com aumento da espessura da parede do VE após a realização de partidas e  5 treinos semanais de alta intensidade. Com isso, ao ser cessado as atividades por 18 meses foi observado redução da espessura da parede por diminuição do volume dos miócitos.

 

Conclusão:Diante dos estudos descritos, concluímos que a prática de EAR continua a necessitar de estudos mais aprofundados e específicos para uma melhor conclusão em relação ao prognóstico da MHA. Principalmente quando analisados os dados inconclusivos de estudos existentes.

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