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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Treinamento físico associado a hidroclorotiazida atenua disfunção autonômica e danos morfofuncionais renais em modelo de hipertensão experimental

SHECAIRA, T. P., ARAUJO, A. A., PAIXÃO, C., DIAS, D. S., BERNARDES, N., STOYELL-CONTI, F. F., IRIGOYEN, M. C., GOMES, G. N., DE ANGELIS, K.
UNIFESP - SP - SP - Brasil, University of Miami - Coral Gables - Flórida - EUA, InCor HCMUSP - SP - SP - Brasil

Introdução: O aumento da pressão arterial (PA) e a variabilidade da PA (VPA)podem induzir danos em órgãos-alvo (LOA), como os rins.O tratamento recomendado pelas diretrizes envolve medicamentos anti-hipertensivos e treinamento físico (TF) devido aos efeitos na diminuição da PA. No entanto, o impacto da combinação destes tratamentos na VPA e em parâmetros associados à LOA precisam ser melhor elucidados. Objetivo: Investigar os efeitos do TF combinado (TFC) associado ao tratamento farmacológico com hidroclorotiazida (HDC) em parâmetros autonômicos, morfofuncionais e perfil inflamatório renal. Método: Ratos machos SHR foram divididos em 4 (n=7/grupo): sedentário + placebo (MSP) e treinado + placebo (MTP), sedentário + hidroclorotiazida (MSH) e treinado + hidroclorotiazida (MTH). Os grupos MSH e MTH foram tratados com 10mg/kg/dia de HDC durante 8 semanas. O TFC foi realizado em esteira e escada na intensidade de 40-60% da capacidade máxima, 3 dias por semana.  Após 8 semanas, foi realizado registro direto da PA. A VPA foi avaliada no domínio do tempo e da frequência. Parâmetros morfofuncionais renais foram analisados em lâminas histológicas coradas com Tricômio de Masson. Foram analisados TNF alfa, IL-6 e IL-10 em tecido renal. Resultados: Os grupos MSH e MTH (182±3,0; 183±3,0 mmHg) apresentaram redução PAS comparados aos grupos MSP e MTP (198±5,1; 199±3,7 mmHg), além de menor variância da PAS (MSP 92±6,2; MTP 110±13,2; MSH 65±5,9; MTH 74±4,5 mmHg²) e componente simpático vascular (MSP 22,0±3,1; MTP 16,7±2,5; MSH 7,3±0,9; MTH 11,8±1,3 mmHg²). Na análise histológica de razão média/lúmen, os grupos tratados apresentaram redução em relação ao grupo MSP. O grupo MTH apresentou redução adicional comparado aos grupos MTP e MSH (MSP 14,0±1; MTP 8,6±0,4; MSH 7,8±0,6; MTH 5,3±0,3). Na análise de fibrose túbulo-intersticial, o grupo MTH apresentou maior número de campos com lesões de 0 – 25% (55±0,1 vs 37,5±0,3 %) e menor com lesões de 51 – 100% (2,5±0,1 vs 15±0,1 %) em relação ao grupo MSH. No perfil inflamatório, apesar de não haver diferença entre os grupos no TNF-α, os grupos MSH e MTH apresentaram redução de IL-6  (MSP 261,3±6,3; MTP 278,4±5,5; MSH 213,4±6,5; MTH 200,7±7,2 pg/ml) e IL-10 (MSP 66,7±6,0; MTP 86,2±4,4; MSH 28,3±2,1; MTH 22,7±3,4 pg/ml) no tecido renal comparados aos grupos ao MSP e MTP. Conclusão: Os efeitos hemodinâmicos e autonômicos do tratamento com hidroclorotiazida foram potencializados pelo TFC, provavelmente induzindo melhora no perfil inflamatório e atenuando a resistência vascular renal e lesão túbulo-intersticial.

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