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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

A importância da presença da inversão da onda T no eletrocardiograma de repouso de atletas na avaliação pré-participação esportiva

Rodrigo Otávio Bougleux Alô, Gabriel Tamanaha Pacheco, Marielle de Freitas Guimarães, Marcelo Meller Garcez
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: O principal objetivo da avaliação pré-participação (APP) é mitigar o risco de morte súbita (MS) durante a prática de exercício físico. A partir da experiencia italiana com grande redução da incidência de MS dos atletas (89%) com introdução do eletrocardiograma (ECG) nesta triagem investigativa, em grande parte das sociedades médicas e federações esportivas do mundo, o ECG se tornou um dos pilares desta avaliação, conjuntamente com a história clínica e o exame físico. Um dos achados frequentes nesta triagem é a inversão da onda T no ECG de repouso. Porém múltiplos fatores podem influenciar no resultado e na importância deste achado nos atletas

Ojetivo: Avaliar a importância clínica da presença de inversão da onda T nos achados do ECG dos atletas de ambulatório de Cardiologia do Esportes do Município de São Paulo

Metodologia: Realizado APP com realização de ECG em atletas de 10 diferentes modalidades esportivas, entre 10 e 87 anos, como a exigência de inversão de onda T presente no mínimo em 2 derivações contíguas em ECG de 12 derivações com o paciente em decúbito dorsal e descanso de no mínimo 10 minutos

Resultado: Foram avaliados 145 atletas, sendo 110 do sexo masculino, com 18 atletas apresentando inversão de onda T (12,4%). 11 destes atletas com inversão de onda T com padrão afrocaribenho/juvenil. 7 (4,8%) atletas apresentaram inversão de onda T necessárias a investigação adicional (inversão de onda T em região inferior e lateral. Destes 1 (0,68%) com posterior diagnóstico de Não Compactação do Ventrículo Esquerdo, 2 (1,37%) com diagnóstico de Miocardite, 2 (1,37%) com uso prévio de drogas ilícitas e anabolizantes e 2 (1,37%) com exaustiva investigação adicional porém sem achados de doença estrutural a despeito da presença de inversão de onda T em região inferior(semelhança entre estes pacientes era a afrodescendência). Dos 7 atletas que apresentaram inversão da onda T que necessitaram de investigação adicional, segundo as recomendações internacionais para interpretação do ECG do atleta, 5 (71,4%) atletas, de fato, apresentaram alterações cuja a prática esportiva em alta intensidade, indubitavelmente, lhes aumentava o risco de MS e suas inelegibilidades ao menos temporária se faziam necessárias

Conclusão: A despeito da baixa prevalência da inversão da onda T no atletas de nosso estudo, quando presente, principalmente em região inferior e lateral mostrou-se relevante marcador de doenças subjacente cuja prática de esportes em alta intensidade poderia aumentar o risco de MS, sendo então importante colaborador na APP desses atletas

 

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