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AVALIAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES DE TELEINTERCONSULTAS COM CARDIOLOGISTA PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Ana Christina Vellozo Caluza, Beatriz de Faria Leão, Tatiane Aparecida Fernades Lima, Sheilla de Oliveira Faria, Fabiane Raquel Motter, Stephan Sperling, Sabrina Dalbosco Gadenz
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial (HA) é considerada um problema de saúde pública não só no Brasil como no mundo, apresentando elevada prevalência nas taxas de morbimortalidade.  Dentre as teinterconsultas (TI) realizadas pelo cardiologista em nosso projeto, a HA foi a principal condição clínica solicitada.

 

OBJETIVO: Analisar as características e os motivos da alta demanda das solicitações de TI para HA no Nordeste do Brasil, visto ser um diagnóstico que faz parte do rol de patologias atendidas pela atenção primária.

 

MÉTODOS: Estudo descritivo de pacientes da Atenção Primária em Saúde (APS) dos municípios contemplados pelo Projeto TeleNordeste, com diagnóstico de HA referenciados e agendados ao cardiologista através de TI, realizadas entre o período de julho de 2022 a janeiro de 2024.  Realizou-se uma análise descritiva das características dos pacientes atendidos nas TI para HAS, bem como  dos motivos e dos diagnósticos realizados durante as TI.

 

RESULTADOS: Foram atendidos 163 pacientes, com idade média de 57 (±16) anos, 64,2% do sexo feminino. A pressão arterial (PA) sistólica média era 152,6 (±29,1) mmHg e PA diastólica 90,4 (±15,3) mmHg. O principal motivo foi a necessidade de apoio no manejo medicamentoso em 117 (71,8%) pacientes enquanto que 46 (28,2%) pacientes precisavam de apoio diagnóstico. Desses 28% foram considerados com tratamento adequado, mas sem controle da PA, supondo um diagnóstico de hipertensão resistente e ou secundária. Após a TI verificou que 57% eram hipertensos não tratados, 10,4% resistentes verdadeiros não controlados e 8,6% com hipertensão secundária em investigação. Em relação ao tratamento farmacológico, 19% dos pacientes estavam sem pelo uma medicação considerada de 1ª linha para o tratamento, 17% sem adesão medicamentosa evidenciada na TI e 100% dos médicos não se sentiam capazes de fazer a desprescrição de anti-hipertensivo não adequado.

CONCLUSÃO: Os resultados destacam a importância da telemedicina na melhoria do manejo da hipertensão arterial na APS, fornecendo suporte e disseminação de conhecimento aos profissionais de saúde. A alta demanda de TI para Hipertensão Arterial parece estar associada à falta de preparo dos médicos da APS, evidenciada pela não conformidade com diretrizes clínicas, falta de conhecimento sobre medicamentos de primeira linha e falhas na abordagem da adesão ao tratamento, comprometendo o controle adequado da pressão arterial.

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