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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR ATEROSCLEROSE NO ESTADO DE SÃO PAULO EM UMA DÉCADA

Thais Gabrielly Gomes, Arielle Servato Rossi, Otávio Simões Girotto, Eduarda Gonçalves Godinho, Manuela Páfaro Magnani, Larissa Soares Leite, Adriely Resende Ramos, Ricardo José Tofano , Siderval Ferreira Alves
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - Marília - SP - Brasil, FACERES - São José do Rio Preto - SP - Brasil

Introdução: A aterosclerose é desencadeada por eventos que ocasionam o estreitamento dos vasos e ativação de vias inflamatórias e tem como resultado a formação de placas de ateroma que culmina no espessamento e obstrução dos vasos, levando a diversas doenças cardiovasculares (DCV). O processo da aterosclerose ocorre devido ao aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL) e pode ser controlado de maneira eficaz com o uso de estatinas. Mesmo que haja um tratamento eficiente, o índice de óbitos por DCV permanece elevado. Logo, este estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por aterosclerose no estado de São Paulo em uma década. Métodos: Estudo observacional de 2013 a 2022, através da análise estatística comparativa de dados de óbitos decorrentes de doenças do aparelho circulatório e aterosclerose, coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), com as variáveis: Aterosclerose, doenças do aparelho circulatório, faixa etária e óbitos. Resultados:

Tabela 1 – Estratificação de óbitos por doenças do aparelho circulatório e aterosclerose entre 2013 e 2022 no estado de São Paulo.

Faixa etária

Óbitos por doenças do aparelho circulatório

Óbitos por aterosclerose 

Óbitos de 30 a 49 anos (%)

7.55% (65836)

0.0072% (63)

Óbitos de 50 a 69 anos (%)

 32.95% (287166)

0.0102% (890)

Óbitos de 70 anos e mais (%)

59.49% (518486)

0.3772% (3288)

Total de óbitos

100% (871488)

0.4866% (4241)

As doenças do aparelho circulatório somam 871488 dos óbitos no estado de São Paulo ao passo que a aterosclerose representa aproximadamente 0.48% desse montante. A análise por faixa etária revela que a maioria dos óbitos por aterosclerose ocorreu em pacientes com 70 anos e mais (0.37%), seguido por pacientes de 50 a 69 anos (0.01%) e de 30 a 49 anos (0.007%). Esses achados enfatizam a importância do uso de estatinas, pois além de conferir proteção cardiovascular pela redução do nível de colesterol, auxilia na diminuição da oxidação do LDL, promovendo estabilização da placa de ateroma e reduzindo os principais eventos cardiovasculares adversos. Conclusão: Logo, embora os óbitos diretos por aterosclerose possam não ser significativos, sua contribuição para o desenvolvimento de várias DCV os torna relevantes. O uso de estatinas é uma estratégia crucial para controlar o processo aterosclerótico e mitigar seus efeitos adversos, sublinhando a importância da educação sobre saúde cardiovascular e implementação de políticas de saúde  voltadas para a prevenção e tratamento da condição.

 

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