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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA DESOSPITALIZAÇÃO PRECOCE DE PACIENTES EM USO DE VARFARINA

Andressa Tadeu Moreira Fernandes, Alexander Maia Soares, Nelson Saks Segundo, Regina Queiroz Machtura, Fernanda Felipe de Lima, Tazia Lopes De Castro, Mariana Cappelletti Galante, Ana Lucia Rego Fleury De Camargo
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: Os medicamentos anticoagulantes são fundamentais para prevenir eventos trombóticos em pacientes e a varfarina é o principal anticoagulante oral indicado e disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A avaliação da efetividade e segurança da varfarina é por meio do exame de tempo de protrombina (TP) e a razão normalizada internacional (RNI) e aguardar atingir a faixa terapêutica indicada pode prolongar o tempo de internação. O objetivo do estudo é descrever as ações do farmacêutico no processo de desospitalização precoce destes pacientes. Métodos: Estudo retrospectivo, do período de julho de 2021 a dezembro de 2023, realizado no Hospital Terciário Especializado em Cardiopneumologia em São Paulo. São elegíveis para alta precoce os pacientes valvopatas, em condições clínicas de alta hospitalar, cuja pendência é o ajuste de RNI devido a não estarem na faixa terapêutica, a receita médica de alta hospitalar é elaborada com varfarina associada à heparina de baixo peso molecular. O farmacêutico clínico realiza a orientação do paciente com folder informativo e uma tabela com os medicamentos organizados por horário e dose prescrita. O paciente é orientado também em relação ao acompanhamento ambulatorial que deverá realizar, com exames frequentes e teleconsulta com o farmacêutico clínico, para ajustes na dose de varfarina. O farmacêutico verifica os dados para contato da teleconsulta e realiza a transição de cuidados para o farmacêutico clínico ambulatorial. Resultados: Foram incluídos 85 pacientes, 61,2% do sexo feminino. A meta terapêutica ambulatorialmente para 18 (21,2%) pacientes era de 2,0-3,0 e na alta hospitalar: 10 pacientes estavam entre 1,0-1,2 e 8 estavam 1,3 a 1,6. Para os 67 (78,8%) pacientes a meta terapêutica era entre 2,5 a 3,5 e na alta hospitalar: 37 pacientes estavam entre 1,0 a 1,2 e 30 pacientes estavam entre 1,3 a 2,3. Realizamos a somatória de dias que os pacientes foram acompanhados ambulatorialmente até atingir o INR indicado e foram 5.759 dias. Considerando a média de permanência dos pacientes internados no hospital em 2023 que foi de 11,5dias, conseguimos internar 500 novos pacientes nos leitos liberados. Conclusão: Observa-se que o protocolo de desospitalização é responsável por gerar economia ao SUS e o Farmacêutico Clínico inserido na equipe multiprofissional é capaz de promover maior segurança e continuidade na terapia, através da educação em saúde promovendo o uso racional de medicamentos.

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