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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO NÚMERO DE ÓBITOS POR DOENÇA RENAL HIPERTENSIVA NO ESTADO DE SÃO PAULO ENTRE OS ANOS DE 2013 E 2022

Victória Lopes, Adrielly Cândida, Júlia Veríssimo , Patrícia Rabelo , Rayane Brandão , Thairon Santana
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - Marília - SP - Brasil, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A doença renal hipertensiva é uma condição clínica resultante da hipertensão arterial crônica, caracterizada por alterações estruturais e funcionais nos rins, que refletem em altos potenciais de complicações graves, inclusive óbito. Diante disso, o presente estudo visa analisar no contexto do estado de São Paulo entre 2013 e 2022, os padrões de mortalidade e os fatores associados a esse desfecho. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo, transversal, retrospectivo. Foram utilizados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) por meio do TABNET para obter informações referente a mortalidade de pacientes com doença renal hipertensiva, correspondente ao estado de São Paulo no período de 2013 a 2022.  As variáveis selecionadas para comparação dos óbitos foram cor/raça, faixa etária e sexo. Resultados: Entre os anos de 2013 e 2022 houve 9426 mortes por doença renal hipertensiva no estado de São Paulo, desse total aproximadamente 47% (4411) eram do sexo feminino e 53% (5015) do sexo masculino. Dentre os óbitos do sexo masculino, notou-se um maior número de mortes em homens brancos com mais de 60 anos, com 2784 (55,51%) dos casos, o segundo grupo com maior mortalidade está entre os homens pardos com mais de 60 anos, com 711 (14,18%) óbitos, seguido pelos homens branco com idade entre 20 a 59 anos, apresentando 534 (10,65%) dos casos de mortes entre os homens. Já dentre o total de mortes do sexo feminino, observou-se uma maior mortalidade entre as mulheres brancas com mais de 60 anos, com 2608 (59,13%) dos casos, seguido pelas mulheres pardas com mais de 60 anos, com 571 (12,94%) óbitos, e o terceiro grupo com mais casos foi o de mulheres brancas com idade entre 20 e 59 anos, com 411 (9,32%) das mortes femininas. Entre os grupos com menor mortalidade estão compreendidos mulheres amarelas, pretas e indígenas menores de 19 anos; mulheres indígenas entre 20 a 59 anos; homens amarelos com menos de 19 anos e homens indígenas em todas as faixas etárias, todos com total de zero óbitos. Conclusão: Após a análise dos resultados, conclui-se que os homens brancos com mais de 60 anos, mulheres brancas com mais de 60 anos e homens pardos também com idade superior a 60 anos foram os que mais tiveram casos de óbitos entre 2013 e 2022. Desse modo, ações preventivas são fundamentais para reduzir o número de mortes dos casos de doença renal hipertensiva, principalmente entre os grupos de risco e população mais acometida.

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