Introdução: OParkinson (PK) é uma doença neurodegenerativa progressiva que causa danos aos neurônios dopaminérgicos da substância negra pars compacta(SNpc) gerando sintomas motores e não motores e evidências clínicas demostram benefícios cardiovasculares do treinamento de força em pacientes com PK, contudo, estudos com restrição de fluxo em modelos experimentais nestas condições são escassos. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo no membro inferior, em modelo experimental de Parkinson em parâmetros metabólicos, capacidade funcional, hemodinâmicos e sensibilidade barorreflexa. Metodologia: Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos: Controle (GC: n=8); Parkinson Sedentário (GPS: n=9); Controle Treinado (GCT: n=8); e Parkinson Treinado (GPT: n=9). O modelo de PK foi induzido por 6-OHDA no início do protocolo (6μg/μl). O treinamento de força foi realizado em escada vertical com pesos na cauda (1v/d-5d/sem-8sem), a restrição de fluxo foi realizada com insuflação de 80mmHg (22% músculo plantar e 54% sóleo). Foi avaliado a tolerância oral a glicose (0GTT), (12h jejum); teste de carga máxima (TCM), a pressão arterial (PA) foi avaliada diretamente e as respostas reflexas taquicárdicas (RT) e bradicárdicas (RB) através da administração de nitroprussiato de sódio e fenilefrina (CEUA 076/22). Foi utilizada ANOVA one-way, post-hoc Tukey (p≤0.05). Resultados: Os valores de glicemia basal foram menores no GPT em comparação ao GPS ao final do protocolo (79,22±11,8 vs 86,89±5,8 mg/dL) e no OGTT houve maior sensibilidade em metabolizar glicose no GPT; GCT e GC comparado aos animais do GPS respectivamente (12331±796.3; 12081±633.7; 12521±280.3; 13698±689 mg/min/dL). No TCM final todos os grupos aumentaram a carga em comparação ao teste inicial e intermediário e houve aumento da carga nos grupos treinados (GCT: 1551±254; GPT: 1542±200 g) em relação aos controles (GC: 900±219; GPS: 1060±150 g). A PA foi semelhante entre os 4 grupos estudados. A RB foi maior no GPT; GCT e GC em comparação ao GPS respectivamente (-1.44±0.40; -1.32±0.43; -1.22±0.150; -0.84±0.21 mmHG/bpm). Para a RT não houve diferença entre os grupos. Conclusão: Nossos dados demonstraram benefícios do treinamento de força com restrição do fluxo sanguíneo em parâmetros metabólico, capacidade funcional, associada ao aumento das respostas bradicárdicas em modelo experimental de Parkinson.