Introdução: O aumento crônico da pressão arterial interfere na hemodinâmica do paciente à medida que, com os níveis elevados de pressão, as artérias são prejudicadas e suas paredes danificadas. Ao longo do tempo, o paciente manifesta doença hipertensiva, que pode ter diferentes etiologias; como doença cardíaca hipertensiva ou doença renal hipertensiva. A doença cardíaca hipertensiva, é uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos de pressão arterial sistólica - maior ou igual a 140 mmHg, e aumento da pressão arterial diastólica - maior ou igual a 90 mmHg; que se não tratada, a longo prazo provoca danos irreversíveis ao corpo, aumentando riscos cardiovasculares fatais. Enquanto isso, a doença renal hipertensiva pode se manifestar por doença parenquimatosa renal ou por estenose da artéria renal - caracterizada pela doença aterosclerotica degenerativa ou doença inflamatória, que caso progressão, danifica o parênquima renal. Métodos: O estudo elaborado trata-se de uma análise epidemiológica, descritiva e transversal. Os dados expostos foram obtidos através do banco informativo de saúde DATASUS (TABNET) correspondente aos óbitos por doença renal hipertensiva e doença cardíaca hipertensiva entre os anos de 2013 a 2023, do município de São Paulo. A análise utiliza as variáveis: cor, sexo e faixa etária. Resultados: Analisando os dados coletados, é notável a prevalência da incidência de óbitos por doença hipertensiva cardíaca em comparação com a doença hipertensiva renal. Contudo, é perceptivel uma semelhança entre as predominâncias de óbitos entre ambas enfermidades nas variáveis cor e faixa etária, com certa discrepância na variavel sexo. No quesito cor, a predominância foi da cor branca em ambas; representando 61,43% na doença renal hipertensiva e 66,96% na doença cardíaca hipertensiva. Acerca da variável etária os grupos mais afetados foram aqueles com 75 anos ou mais, representando 48,34% na doença renal hipertensiva e 50,61% na doença cardíaca hipertensiva. Quanto ao sexo, a predominancia foi do sexo masculino na doença renal hipertensiva (52,69%) e feminino na doença cardíaca hipertensiva (55,6%). Conclusões: Diante deste estudo comparativo, com enfoque na etiologia hipertensiva resultando em mortalidade cardiovascular, nota-se a prevalência da enfermidade na população que, embora seja subdiagnosticada, resulte em uma alta taxa de mortalidade à medida em que há progressão de doença sem o tratamento adequado.