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ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO COM E SEM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA NO BRASIL EM UMA DÉCADA.

Arielle Servato Rossi, Larissa Soares Leite , Thaís Gabrielly Gomes , Manuela Páfaro Magnani, Eduarda Gonçalves Godinho , Otávio Simões Girotto , Ricardo José Tofano , Siderval Ferreira Alves
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - Marília - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: A Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (CRM) é o principal procedimento cirúrgico cardíaco realizado no Brasil, sendo indicada para pacientes com obstrução significativa das artérias coronárias. Este procedimento pode ser realizado por duas técnicas principais: com Circulação Extracorpórea (CEC) e sem CEC. Dada a frequência elevada dessa intervenção, há um amplo debate em torno dos benefícios associados a cada uma dessas abordagens. Nesse cenário, este estudo irá analisar a epidemiologia da CRM no Brasil ao longo dos últimos 10 anos e comparar os dados entre as duas técnicas. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal, onde foram coletados dados referentes à revascularização miocárdica entre os anos de 2014 e 2024, obtidos do DATASUS - Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, com variáveis: Valor da internação, número de internações e taxa de mortalidade. Após essa fase, conduziu-se uma análise estatística para comparar os resultados dos procedimentos realizados com e sem CEC. RESULTADOS:Tabela 1 – Estratificação de procedimentos de CRM entre 2014 e 2024 no Brasil

 

Com CEC

Sem CEC

Total

Valor das internações (R$)

R$ 294.853.331,66

R$ 99. 968.555,52

R$ 394.821.887,20

Número de internações

20.828

7. 693

28.521

Taxa de mortalidade

6,10%

4,11%

10,21%

A análise dos dados revelou diferenças significativas entre as CRM com e sem CEC no Brasil na última década. Observou-se que o custo médio por internação foi maior para CRM com CEC (R$ 14,155.61) em comparação com a sem CEC (R$ 12,994.24). Ademais, houve uma preferência pela técnica com CEC, com uma média anual de internações de 2,082.8, já a sem CEC com 7693. Quanto à taxa de mortalidade, embora ambas sejam baixas, a CRM com CEC apresentou uma taxa mais alta (0.61% por ano) do que sem CEC (0.41% por ano). Esses resultados sugerem que, apesar dos custos mais altos e de uma taxa de mortalidade um pouco maior associados à CRM com CEC, essa técnica ainda é mais amplamente empregada no Brasil. CONCLUSÃO: Logo, este estudo revela uma preferência pela cirurgia de revascularização do miocárdio com CEC no Brasil, apesar dos custos mais altos e maior taxa de mortalidade em comparação com a técnica sem CEC.

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