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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

IMPACTO DO DOPPLER DE CARÓTIDAS NA RECLASSIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM UMA COORTE DE PACIENTES DE UMA CIDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

OLIVEIRA, TS., MACHADO JÚNIOR, CRR., LIMA, PLG., BARROS, MLS., COSTA, JM.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - RIO BRANCO - AC - BRASIL

Introdução: A estratificação do Risco Cardiovascular (RCV) é essencial na prática clínica, principalmente devido às Doenças Cardiovasculares (DCV) compreenderem a principal causa de morte mundialmente. A Diretriz Brasileira de Dislipidemia estabelece que a detecção de aterosclerose subclínica, independentemente de outros parâmetros, estratifica o indivíduo em alto risco cardiovascular. Entretanto, considerando a dificuldade de acesso a exames de imagem para diagnóstico de aterosclerose, supõe-se que muitos pacientes estão tendo seu RCV subestratificado pela utilização de parâmetros apenas clínicos e escores de risco globais, dificultando o estabelecimento de metas mais rígidas que possuem o intuito de reduzir a mortalidade cardiovascular.

Métodos: Foram analisados pacientes (n=168) de um serviço de cardiologia, dados clínicos e laboratoriais foram coletados para a realização da estratificação do RCV, a partir do cálculo do Escore de Risco Global da Diretriz Brasileira de Aterosclerose, em momento anterior ao exame de DC e após. Foram excluídos aqueles com dados faltantes para o cálculo do RCV, ou já apresentando RCV Muito Alto (n=11), para os quais o DC não apresentaria impacto. O teste exato de McNemar foi utilizado para avaliar o impacto do DC na estratificação do RCV. Um valor p < 0.05 foi considerado significativo, com um Intervalo de Confiança (IC) de 95%.

Resultados: A média de idade dos 157 pacientes analisados foi 60.5±11, com o IMC de 29.8±6.3, enquanto o Colesterol Total foi de 192.3±48.2. Destes, 11 eram tabagistas, e 64 apresentaram placa nas carótidas. Quanto ao RCV, antes do DC, 80 pacientes já eram de alto risco. Após o exame, atendendo aos critérios da Diretriz Brasileira de Aterosclerose, 30 pacientes de Baixo ou Intermediário RCV foram reclassificados para o Alto Risco. Isso demonstra que a utilização do DC apresentou 44% mais chances (OR = 1.44, p = 0.01531, 95% IC = 1.07 - 1.96) de acusar o real Alto Risco dos pacientes, em comparação com apenas os parâmetros clínicos e laboratoriais.

Conclusão: A condução do DC mostrou-se uma ferramenta indispensável para identificar com assertividade o real RCV dos pacientes. Sendo indispensável na revelação do alto risco em pacientes classificados inicialmente com risco intermediário ou baixo, com base em parâmetros clínicos e laboratoriais, favorecendo a instauração de metas mais rígidas com a finalidade de reduzir a mortalidade nesses pacientes.

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