SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ÓBITOS POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO BRASIL, COM BASE NOS ANOS DE ESCOLARIDADE, NO PERÍODO DE 2013 A 2022.

Gláuber Arthur Vieira dos Santos, Talles Levi Pereira Nogueira, João Cleiton Rodrigues Martins, Michele Nascimento Assad, William Wallace Cordeiro dos Santos, Andréia Di Paula Costa Melo, Fernando Maia Coutinho, Maria Klara Otake Hamoy, João Maria Silva Rodrigues
UFPA - Belém - PA - Brasil

INTRODUÇÃO: A terapia medicamentosa da Insuficiência cardíaca (IC) evoluiu em qualidade e quantidade de medicações nos últimos anos, tornando o tratamento mais eficaz, porém com necessidade de remédios combinados e com progressão de doses, o que impacta diretamente na adesão. A terapêutica incorreta ou falha é um dos principais agravantes da morbimortalidade da IC, sendo a escolaridade um dos fatores de peso para a boa adesão. O objetivo deste resumo é descrever as características epidemiológicas, pela escolaridade, dos óbitos relacionados a IC.

MÉTODOS: Estudo ecológico utilizando dados do DATA-SUS, com dados de Óbitos relacionados a IC no Brasil, entre 2013-2022, com base nos anos de escolaridade concluída e com filtros estratificados por região geográfica do país, total por ano e grupos étnicos.

RESULTADOS: Entre 2013 e 2022, houve um total de 283.534 óbitos por IC no Brasil, sendo a Região Sudeste responsável por 48,33% do total, seguida pela regiões Nordeste (24,19%), Sul (16,42%), Centro-Oeste(5,77%) e Norte(5,3%). Quando se observa a distribuição por anos de escolaridade são obtidos os seguintes dados, em ordem decrescente de óbitos:1 a 3 anos(25,75%); Nenhum(22,45%); 4 a 7 anos(19,69%); 8 a 11 anos(10,06%);12 anos e mais(3,08%). Do total, o grau de escolaridade é desconhecido em 18,97%. Ao se analisar por ano, a ordem decrescente descrita anteriormente é seguida entre 2013 e 2019, a partir de 2020 até 2022, porém, há uma alteração nos três primeiros grupos e a ordem passa a ser 1 a 3 anos (23,53%;23,9%;23,67%),4 a 7 anos (22,59%; 23,4%; 23,67%), nenhum (21,27%; 20,27%; 20,5%). Ao observar por grupo étnico, a etnia branca(53,2%) e amarela(0,54%) seguem a mesma ordem presente a partir de 2020, enquanto que na preta(9,14%), parda(33,64%) e indígena(0,23%) quanto maiores os anos de escolaridade menor o numero de óbitos.

CONCLUSÃO: Perante os resultados percebe-se claramente que que há uma concentração no número de óbitos (superior a 60%) englobando indivíduos com menos de 7 anos de escolaridade, assim como, há uma queda significativa quando estes possuem mais de 12 anos de escolaridade. Embora careça de estudos para determinação de causalidade, esses resultados destacam a importância da educação e acesso a cuidados de saúde adequados na prevenção e manejo da insuficiência cardíaca, e ressaltam a necessidade de políticas de saúde que abordem as disparidades socioeconômicas e étnicas na saúde cardiovascular da população brasileira.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024