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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Comportamento evolutivo de Extrassístoles Ventriculares por provável hiper automatismo em adolescente. Quando o seguimento clínico é melhor que a intervenção.

BARBOSA W.M., ANDALAFT R.B, DOMINGOS S.R.A., VIEIRA A.C., THAME J.L.E., CAVINI Y.G., BERBERT G.H., HABIB R.G., FRAGATA C.S., MOREIRA D.A.R.
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: As extrassístoles ventriculares (EVs) em adolescentes são fenômenos relativamente frequentes e podem apresentar densidade menor do que em fases de infância e pré-puberdade. Dados de literatura sugerem que durante a puberdade há redução da densidade de ectopias ventriculares, principalmente quando o mecanismo arrítmico é atividade deflagrada ou hiper automatismo. A atividade deflagrada apresenta como característica o período de acoplamento fixo e habitualmente remissão no pico do esforço com exacerbação da arritmia na fase de recuperação do teste ergométrico. O hiper automatismo apresenta o mesmo comportamento na maioria dos casos, podendo ser diferenciado pelo acoplamento variável durante a monitorização de Holter, caracterizando um foco Parassistólico que não depende do batimento anterior para ocorrer. Objetivo: Descrever o quadro clínico de uma adolescente com EVs frequentes com comportamento parassistólico, que apresenta uma densidade arrítmica em redução após o término da puberdade. Descrição do caso: Adolescente, feminina, 19 anos, com histórico de palpitações frequentes na infância. Iniciou acompanhamento por quadro de EVs com morfologia de origem na via de saída do ventrículo direito em provável posição póstero lateral na via de saída. Análise ecocardiográfica e de ressonância magnética não evidenciava alterações estruturais no coração. O Holter de 24 horas demonstrava EVs frequentes em processo de redução na evolução (figuras 1 e 2). O teste ergométrico evidenciava EVs com melhora da densidade arrítmica no pico do esforço. Análise detalhada da eletrocardiografia dinâmica demonstrava período de acoplamento variável, denotando a possibilidade de hiper automatismo com EVs de acoplamento variável. Durante a evolução clínica houve melhora das queixas de palpitação e redução da densidade de ectopias em relação a admissão em nosso serviço aos 12 anos de idade (ainda pré menarca). Conclusão: Arritmias ventriculares, em pacientes jovens e  sem cardiopatia estrutural, podem apresentar redução ou remissão espontânea; a avaliação do acoplamento entre o batimento antecessor e a extrassístole pode ajudar a descartar batimentos de maior risco (acoplamento curto) e indicar hiper automatismo como nos casos de acoplamento variável (figuras 1 e 2); a remissão das extrassístoles no pico do esforço indica um critério de benignidade para remissão ou redução da densidade arrítmica após o termino do desenvolvimento corpóreo.

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