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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

MULHERES E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: UM NOVO PERFIL

Talles Levi Pereira Nogueira, Michele Nascimento Assad, Gláuber Arthur Vieira dos Santos, João Cleiton Martins Rodrigues, William Wallace Cordeiro dos Santos, Fernando Maia Coutinho, Andreia Di Paula Costa Melo, Maria Klara Otake Hamoy, João Maria Silva Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - BELÉM - PARÁ - BRASIL

INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocardio (IAM) é uma das principais causas de morte e nos últimos anos, a análise de que as mulheres tinham maior proteção natural ao IAM foi contrabalanceada pela descobertas de novos fatores de riscos específicos ao sexo feminino, o que ajuda a explicar as mudanças no perfil do infarto em mulheres na última década.O estudo atual tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico de mulheres internadas em carater de urgência no Brasil na última decada. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, usando dados do Sistema de Informações Hospitalares, SIS-SUS disponíveis na plataforma DATASUS. Foi utilizado dados de internações de pacientes femininas em urgência por IAM no Brasil entre 2014 a 2023. RESULTADOS: Foram processadas 422.248 internações, 48.20% desse total na região Sudeste, enquanto a região Norte, com menos internações, teve 14.910.Todas as regiões tiveram tendência de aumento de internações, sendo o Centro-Oeste e o Norte com os maiores aumentos percentuais em relação a 2014 (200.2% e 138.9%, respectivamente). Em mulheres adultas, a faixa etária de 20-29 anos teve o maior aumento percentual de internações em relação a 2014, sendo de 114,3%, seguido de 60 a 69 anos, com aumento de 91,9%, enquanto o menor foi entre 30-39 anos (48%). A taxa de mortalidade total foi de 12,6%. A maior mortalidade foi no Nordeste (14,34%) e a menor no Centro-Oeste (10,79%). Em todas as idades, ocorreu  uma tendência de redução da mortalidade, especialmente no último triênio, com exceção da faixa etária abaixo de 1 ano, que subiu de 5% em 2014 para 6,96% em 2023. A média de mortalidade por IAM precoce (abaixo de 49 anos) é de 6,32%. Entre mulheres adultas abaixo de 49 anos, a mortalidade foi maior entre 20-29 anos (8,75%) e menor entre 40-49 anos (5,66%). Acima de 50 anos a média foi de 14,97%, sendo que com 80 anos ou mais, a mortalidade média é cerca de 25%. CONCLUSÃO: No período ocorreu um aumento de internações em todo o Brasil, mas a taxa de mortalidade teve redução, podendo indicar a evolução de terapias no período, porém, o número de internação de mulheres mais jovens aumentou, com uma mortalidade alta no início da idade adulta, o que pode ser explicado por fatores de risco específicos do sexo feminino. Este perfil de idade incomum implica na necessidade de mais atenção para o infarto em mulheres, tanto em prevenção como condutas, devendo-se considerar fatores socioculturais e regionais para a tomada de decisões.

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