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Proporção de sucesso na compensação extra-hospitalar de pacientes com insuficiência cardíaca aguda

Lara Noeli Gallo, Kelly Regina Novaes Vieira, Debora Consuelo Gonçalves Pereira, Ana Carolina de Rezende, Carlos Del Carlo, Sergio Jallad, Antonio Carlos Pereira Barretto, Mucio Tavares de Oliveira Jr.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Faculdade de Medicina da Universidade São Francisco - Bragança Paulista - SP - Brasil

Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) aguda são atendimentos frequentes em unidades de emergência. Alguns destes estão em perfil hemodinâmico C e necessitam internação, mas muitos estão em perfil hemodinâmico B, sem dispneia grave em repouso e sem limitação de movimentação, recebem diurético endovenoso e tem alta, quase todos sem programação de reavaliação a curto prazo. A compensação ambulatorial em Centro de Infusão com uma ou duas visitas semanais para administração de diuréticos de alça EV, ajuste terapêutico, monitorização, orientação sobre restrição de líquidos e medicação correta pode ser uma alternativa válida para a compensação destes pacientes.

Métodos: Foram avaliados retrospectivamente os pacientes com IC aguda perfil B, tratados em regime ambulatorial em Centro de Infusão e Hospital Dia. O objetivo principal foi identificar o sucesso dessa abordagem na compensação do paciente. Os critérios de inclusão foram o diagnóstico de IC aguda perfil B e concordância em participar desta modalidade de tratamento. Foram excluídos aqueles com  insuficiência renal terminal ou sinais de baixo débito. As intervenções seguiram a sistematização da terapêutica, com avaliação clínica e laboratorial dos pacientes. Foram coletados clínicos e parâmetros laboratoriais e de exames de imagem.

Resultados: Dos 121 pacientes com IC aguda, 83 tinham IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr - média da fração de ejeção do VE [FEVE] = 28%), 19 com IC com fração de ejeção preservada (ICFEp - com média da FEVE = 53%) e 19 com valvopatia primária não corrigida. A idade média foi de 60,6±13,6 anos e 59% eram homens. A idade foi maior na ICFEp que na ICFEr mas sem significado estatístico (59 vs. 65 anos, p =0,12), a função renal foi semelhante entre os grupos e o BNP médio significativamente maior nos pacientes com ICFEr do que nos com ICFEp (1450,6 vs. 458,1 mg/dL p=0,01). A taxa de sucesso na compensação foi de geral foi de 68%, sendo de 67% nos pacientes com ICFEr, 83% nos com ICFEp e 58% nos valvares, sem diferença estatística entre os grupos (p=NS). Durante e após compensação, 22% dos pacientes faleceram num período de 15 dias a 4,4 anos.

Conclusão: A compensação da IC aguda em regime ambulatorial em Centro de Infusão e Hospital Dia teve sucesso em 68%, havendo tendência a ser maior nos pacientes com ICFEp (83%). A mortalidade durante e após a compensação foi de 22% em até 4 anos.

Limitação do estudo: trata-se de um estudo retrospectivo e a amostra limitada de pacientes com ICFEp e valvares pode ter interferido na análise da diferença estatística.

 

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