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Aplicativo em WhatsApp – Para Controle de Anticoagulação Oral de Pacientes sob Uso de Varfarina

Martino Martinelli Filho, Sergio Freitas de Siqueira, Caio Vitale Spaggiari, Tainá Moreira Vasconcelos, Anderson de Melo Mota, Bruno Pereira de Moraes, Tamer El Andere, Adriano Cesar Ventura, Werbert Carlos Santos
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução

O uso da varfarina para o controle de anticoagulação oral apresenta a vantagem de ser uma droga de impregnação, acomodando eventuais descontinuidades na administração em relação aos novos anticoagulantes orais. A maior desvantagem da varfarina é a necessidade controles regulares do tempo de protrombina avaliado pela relação normatizada internacional (INR). O uso de varfarina é realidade no Brasil, notadamente em instituições de saúde públicas. Os controles regulares requerem longo tempo de permanência dos pacientes em unidades de saúde e tempo de profissionais para analisar o resultado de INR, posologia e eventuais intercorrências de sangramento. Uma opção para agilizar o processo é o uso de sistemas digitais inteligentes. A hipótese é que sistema de controle digital semiautomático não é inferior ao controle tradicional.

Objetivo

Comparar o controle tradicional de INR em hospital terciário de cardiologia com um sistema semi-automatizado utilizando tecnologia de robô incorporado ao WhatsApp (Meta Inc), aplicativo COAGMED.

Métodos

Estudo prospectivo comparativo de controle de INR por processo tradicional e COAGMED. Critérios de inclusão de pacientes no grupo COAGMED foi capacidade de uso de smartphone, por si ou cuidador, de forma consecutiva até atingir o número de 100. No braço tradicional todos os demais pacientes em seguimento por unidade de estimulação cardíaca de hospital terciário. Analise estatística constou dos testes t de Student para amostras independentes e do Qui quadrado.

Resultados

Durante o período de jan/jun 2023 foram avaliados 585 pacientes com pelo menos 2 exames de INR. A idade média foi de 67±16anos, maioria do sexo feminino (54%) e todos portadores de dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis (DCEI). No grupo COAGMED foram analisados dados de 66 pacientes.

Os valores de TTR não diferiram entre os grupos, 95,23%(IQs 37,24 e 100) - COAGMED e 100%(IQs 47,13 a 100) - tradicional (t(583)=-0,51; p=0,61). A taxa de pacientes com INR na faixa terapêutica na última avaliação também não diferiu, 74,2% - COAGMED e 81,1% - tradicional (t(583)=-1,32; p=0,23).

Conclusão

O controle de INR por aplicativo COAGMED não se mostrou inferior ao controle tradicional para pacientes em seguimento em clínica de DCEI de hospital terciário.

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